A Polícia Federal cumpriu quatorze mandados de busca e apreensão,  sendo quatro em Londrina, oito em Arapongas, um em Maringá e um em São José do Rio Preto - SP. A Operação Simulação ainda conseguiu o bloqueio judicial de bens móveis e imóveis e de recursos financeiros mantidos nas contas dos 27 investigados até o limite de R$ 6 milhões. 

O grupo criminoso importava e comercializava de mercadorias vindas do Paraguai sem o recolhimento dos tributos devidos e ocultava os lucros financeiros obtidos ilicitamente com por meio da lavagem de dinheiro.   O grupo teria movimentado mais de R$ 15 milhões em mercadorias entre vinhos, azeites e eletrônicos.

Um dos líderes do esquema montou uma empresa de transporte rodoviário, com sede em Arapongas, para fazer as viagens ao Paraguai. Para eliminar ou reduzir as consequências de eventuais fiscalizações, especialmente a utilização de “laranjas de cotas”, ou seja, pessoas que viajariam até a região de fronteira apenas para assumir a propriedade de mercadorias eventualmente apreendidas.          Segundo o delegado da PF, Joel Cicotti, os laranjas eram usados para minimizar as consequências das apreensões de crime de descaminho.

                Durante a operação, um dos alvos foi preso em flagrante com uma grande quantidade de produtos eletrônicos. Veículos e outros bens dos investigados foram apreendidos pela PF.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro com penas somadas que podem chegar a dezoito anos de prisão.