As cinco pessoas que foram mortas em confronto com a Polícia Militar (PM) em uma chácara na zona sul de Londrina, no final da tarde de segunda-feira (30), foram oficialmente identificadas pelo Instituto Médico Legal (IML) nesta terça (31). São três homens e duas mulheres, de 20, 26, 29, 36 e 37 anos de idade. O jovem de 20 anos e a mulher de 36 eram irmãos. Segundo a polícia, todos eles tinham envolvimento com o mundo do crime e seriam integrantes de uma facção criminosa.

As informações foram confirmadas pelo delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Amarantino Ribeiro Gonçalves Neto, que acompanha de perto a investigação do caso. O inquérito já foi aberto pela Delegacia de Homicídios, que tem 30 dias para concluir os trabalhos.

Segundo as investigações, o confronto policial é resultado do trabalho de acompanhamento de equipes do 30º Batalhão da Polícia Militar (PM), que foram até a chácara após receberem a informação de que o grupo pretendia assassinar um casal no local. O homem e a mulher teriam passado pelo chamado "Tribunal do Crime" e sido sentenciados à morte.

Ainda conforme a polícia, o casal foi a "julgamento" depois de ter encomendado o assassinato de uma mulher de 39 anos no residencial Flores do Campo, na zona norte de Londrina. O corpo dela foi encontrado enterrado em um chiqueiro na localidade na semana passada. A execução, segundo o delegado, não teria sido autorizada pela facção criminosa.

Depois do confronto, o casal foi resgatado com vida e encaminhado à delegacia para esclarecimentos. Em depoimento, eles negaram envolvimento no assassinato da mulher no Flores do Campo, mas confirmaram que tinham sido sequestrados pelo grupo no período da manhã, e que iriam ser mortos na chácara. Os dois, conforme o delegado, também têm envolvimento com a criminalidade.

Com os mortos em confronto, a polícia apreendeu cinco armas de fogo, duas facas e diversos celulares, que vão passar por perícia nos próximos dias. O delegado-chefe não descartou a participação de ainda mais gente no "Tribunal do Crime", já que, durante o tiroteio, segundo a PM, outras pessoas que estavam na chácara conseguiram fugir correndo para o meio de uma vegetação localizada nas proximidades.