TERCA, 20/12/2022, 14:21

Policiais militares teriam exigido R$ 10 mil e arma de fogo de traficante para não prendê-lo em flagrante em Londrina

Gaeco cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos agentes, que respondem por concussão, e na sede da Rotam do 30º Batalhão da PM, onde foram localizadas drogas, armas e munições sem nenhuma procedência.

Policiais do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com a Corregedoria-Geral da Polícia Militar (PM), cumpriram, durante a manhã desta terça-feira (20), três mandados de busca e apreensão no âmbito de uma investigação que apura a prática do crime de concussão por parte de dois policiais lotados no 30º Batalhão da PM, em Londrina. As ordens judiciais, expedidas pela Vara da Auditoria da Justiça Militar, foram cumpridas nas residências dos agentes envolvidos e nas dependências do Pelotão da Rotam do 30º BPM, na zona norte.

De acordo com as investigações, os dois policiais teriam exigido a entrega de R$ 10 mil em dinheiro, além de uma arma de fogo, para não realizarem a prisão em flagrante de um traficante na cidade. O episódio foi registrado no ano passado. O caso está sendo investigado pela Corregedoria-Geral da PM e também pelo Gaeco, que passou a atuar no caso após o recebimento de uma denúncia.

Durante os cumprimentos dos mandados, as equipes apreenderam armas e munições sem nenhuma procedência ou origem na sede da Rotam. O local também guardava drogas diversas e objetos para o preparo do entorpecente para comercialização. As informações são do coordenador do Gaeco em Londrina, promotor Jorge Barreto da Costa.

A CBN também procurou a subcorregedoria da PM em Londrina, mas foi informada de que todos os detalhes da investigação seriam repassados pelo Gaeco. O comando do 30º Batalhão da PM informou apenas que todos os fatos serão averiguados. A identificação dos policiais investigados não foi revelada. Também não se sabe se eles continuam trabalhando ou se estão afastados das funções por conta das acusações.

Por Guilherme Batista

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