Começou esta semana a recuperação de um dos principais cartões postais de Ribeirão Claro, a Ponte Pênsil Alves Lima, sobre o Rio Paranapanema. Tombada como patrimônio histórico, a estrutura foi alvo de um incêndio criminoso há mais de dois anos.

A recuperação da ponte envolveu os governos do Paraná e de São Paulo. Da parte paranaense, chegaram a ser abertas duas licitações, mas, em nenhuma delas houve interessados. Após quase dois anos, a reconstrução da estrutura acabou licitada pelo Governo de São Paulo, a um custo de aproximadamente R$ 6 milhões. Os trabalhos já começaram e a previsão é de entrega no mês de abril.

Inaugurada há mais de 100 anos, em 1920, a Ponte Pênsil Alves de Lima é uma das três estruturas do tipo construídas no Brasil. As outras duas são a Hercílio Luz, em Florianópolis e a de São Vicente, em São Paulo.

Com 149 metros de extensão e um vão suspenso de 82 metros, a ponte em madeira servia exclusivamente aos pedestres e foi tombada como bem cultural de interesse histórico e tecnológico pelo Governo do Estado de São Paulo em 1985, e pelo Conselho Estadual do Patrimônio Histórico do Paraná em 2001.

À CBN Londrina, o prefeito de Ribeirão Claro, João Carlos Bonato, comemorou o início da recuperação e destacou o valor cultural e histórico da ponte para toda a região.

Além do incêndio criminoso, em novembro de 2020, a ponte Alves Lima foi  destruída outras três vezes. A primeira em 1924, durante a Revolução Paulista, quando as tropas do capitão Alberto Costa invadiram a cidade de Chavantes.

O outro episódio foi durante a Revolução Constitucionalista de 1932, quando tropas gaúchas invadiram a região e os soldados paulistas acabaram dinamitando a ponte para impedir a passagem dos sulistas.

O terceiro fato ocorreu em junho de 1983, quando a maior enchente que se tem notícia na região acabou destruindo a ponte pênsil, que até hoje só permite a passagem de veículos de pequeno porte.

Com informações da Prefeitura de Ribeirão Claro.