QUINTA, 10/02/2022, 17:02

Produção industrial paranaense registra melhor resultado em 10 anos, segundo dados do IBGE

Apesar disso, economista da Fiep diz que é preciso cuidado ao analisar desempenho do setor.

A indústria do Paraná apresentou resultados expressivos no ano de 2021. No acumulado dos 12 meses, o segmento registrou um crescimento de 9% na produção. Os dados foram divulgados na última quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É o maior percentual registrado pelo indicador em 10 anos. O bom desempenho colocou o Paraná no terceiro lugar, em patamar nacional. Apenas Santa Catarina, com 10,3%, e Minas Gerais, 9,8%, tiveram números superiores.

Entre as 13 atividades industriais monitoradas, o segmento de máquinas e equipamentos, apresentou o maior crescimento no estado, com quase 50%. Em seguida, vêm o setor automotivo, com 30,4%, e o de madeira, com aproximadamente 24%. Os ramos de fabricação de produtos de metal e de minerais não-metálicos também tiveram saldos positivos.

Evânio Felippe, economista da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), destaca que, no ano passado, o Paraná registrou a maior elevação entre os cinco estados mais industrializados do país, apesar de desafios enfrentados em 2021, como a escassez de matéria-prima e a alta nos preços de diversos produtos.

Felippe também lembra que os resultados apresentados pelas atividades que tiveram os maiores crescimentos precisam ser analisados com atenção, já que foram setores impactados pela pandemia do coronavírus. Em 2020, para se ter uma ideia, a produção da indústria paranaense, como um todo, recuou 2,5%, diante do cenário epidemiológico vivido.

O economista avalia que o crescimento poderia ter sido ainda maior, em 2021. No entanto, fatores como desemprego, e aumento da inflação contribuíram para limitar parte deste avanço no estado.

Ainda de acordo com os dados divulgados pelo IBGE, os setores que apresentaram queda na produção em 2021 foram o de alimentos, com um recuo de 6%, o de celulose e papel, que registrou uma queda de 1,6%, no ano passado, além do ramo moveleiro, com redução de 0,8%. O segmento de petróleo também apresentou diminuição, ainda que pequena, de 0,1%.

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