Professores das escolas particulares entram em greve a partir desta quarta-feira
Presidente do sindicato da categoria diz que defasagem salarial acumulada nos últimos dois anos passa de 11% e que pandemia representou ainda mais trabalho para os profissionais.
A decisão foi tomada após uma assembleia online do Sindicato dos Professores das Escolas Particulares, o Sinpro, realizada no último fim de semana. A categoria rejeitou a proposta do SINEPE, entidade que representa as instituições de ensino privadas, de 5% de reajuste salarial e anunciaram uma greve geral, caso não haja outra proposta até esta quarta-feira, 26. De acordo com o Sinpro, 85% dos participantes da assembleia votaram pela rejeição da proposta dos donos de escolas.
Segundo o presidente do Sindicato dos Professores, a entidade que representa as instituições de ensino já foi comunicada do resultado da Assembleia. O presidente do Sinpro, André Cunha, diz que a proposta da categoria era até menor que os 5%, mas valeria a partir de março, data base dos professores, enquanto as escolas queriam que começasse agora em maio.
O sindicalista explica que os 5% oferecidos pelo SINEPE não corrigem nem a inflação do ano e diz ainda que a defasagem salarial da categoria vem desde 2019.
O presidente do Sindicato dos Professores das Escolas Particulares afirma também que os profissionais têm trabalhado mais do que nunca durante a pandemia e que foi unicamente por esforço deles que as instituições continuaram funcionando, inclusive com aumento das mensalidades.
O presidente do Sindicato dos Professores das Escolas Particulares diz ainda que a própria entidade que representa as instituições reconheceu o aumento do trabalho da categoria durante o último ano. Ele afirma também que o Sinpro está aberto à negociação, mas diz não acreditar em uma nova proposta das escolas.
Londrina tem atualmente cerca de 140 estabelecimentos privados de ensino, que hoje funcionam em modelo híbrido, e aproximadamente 30 mil alunos da educação infantil ao ensino médio. Nesta quarta-feira pela manhã, os profissionais da rede particular prometem uma grande mobilização em frente a vários colégios da cidade.