Com o objetivo de controlar despesas e garantir o cumprimento da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, a prefeitura de Londrina adotou no início do ano um contingenciamento na ordem de R$ 28 milhões mensais, referente aos gastos classificados como “Outras Despesas Correntes”.

Uma das apostas para recuperar o cofre da prefeitura é o programa Regulariza Londrina, que permitirá aos contribuintes quitar débitos com desconto de juros e multas. Apenas em IPTU, são 108 mil devedores, com um passivo de R$ 750 milhões. De acordo com o secretário de Fazenda, Éder Pires, a estimativa é arrecadar mais de R$ 200 milhões no longo prazo, considerando outros tributos municipais.

Segundo projeções, as despesas do município serão R$ 198.848.336,75 superiores ao previsto na LOA, que foi aprovada em dezembro de 2024.

O déficit provém principalmente dos gastos com o transporte coletivo, que devem perfazer R$ 177 milhões a mais do que o inicialmente estimado, e também inclui os custos da Secretaria Municipal de Educação (R$ 54,3 milhões), coleta de lixo (R$ 32,4 milhões) e da Cohab (R$ 2,59 milhões).

Vale lembrar que a arrecadação deste ano deve ser cerca de R$ 89 milhões inferior ao previsto, o que faz com que os gastos não previstos totalizem R$ 288.456.336,75.
Para 2026, a expectativa é que as maiores fatias do orçamento serão destinadas à Saúde, com mais de R$ 1,2 bilhão, e à Educação, com R$ 1 bilhão. A Câmara terá à disposição R$ 67 milhões em 2026. Já os gastos com pessoal e encargos sociais devem chegar a R$ 1,6 bilhão, o que corresponde a 46,91% da RCL (Receita Corrente Líquida).