Num pronunciamento enviado às emissoras de rádio de todo o estado, o senador Roberto Requião, do MDB, comentou o fim da possibilidade de uma aliança entre o partido dele e o PDT, do pré-candidato ao governo, Osmar Dias. A formação da aliança teria sido iniciada ainda no ano passado, quando os dois caciques anunciaram publicamente que tinham a intenção de formar um plano de governo conjunto para fazer oposição à continuidade do que será deixado por Beto Richa, que saiu da função de governador no início deste ano para lançar candidatura ao Senado.

Tudo indicava que a aliança entre MDB e PDT iria sair, mas os planos foram por água abaixo após anúncio público de Osmar, que alegou divergências nas eleições proporcionais para pôr fim na possível parceria. Em nota, o partido dele também confirmou que a aliança está descartada.

Requião, por outro lado, lamentou a decisão tomada, definindo como “vacilação” o caminho seguido por Osmar Dias, que deve disputar o governo numa chapa formada por apenas dois partidos, o dele, PDT, e o Solidariedade. O senador também alegou que o real motivo para o descarte da coligação seria o apoio demonstrado por ele ao ex-presidente Lula.

Roberto Requião deve tentar a reeleição ao Senado, numa disputa que promete ser acirrada com Beto Richa, Alex Canziani, Fernando Francischini, Flávio Arns e Reinhold Stephanes, todos nomes muito conhecidos da política paranaense. O senador também anunciou que, por conta da desistência de Osmar Dias, o MDB pretende lançar candidatura própria ao governo. O nome escolhido para concorrer é o do deputado federal João Arruda, que é sobrinho de Requião.