A Câmara Municipal de Londrina reuniu forças de segurança e representantes da Caixa Econômica Federal nesta quarta-feira (6) em encontro organizado pelo vereador Roberto Fú (PDT) com objetivo de tentar coibir invasões ao Residencial Alegro Village, que fica no conjunto Jamile Dequech, na zona sul.  

Isso porque, na última sexta-feira (1º), um ônibus chegou a estacionar no local levando pessoas com objetivo de invadir o empreendimento inacabado. Apesar da tentativa ter sido frustrada pela presença policial, o encontro serviu para definir estratégias de prevenção à futuras novas ações criminosas

A Caixa Econômica Federal informou que contratou uma empresa de vigilância24 horas para evitar tentativas de invasão.

Já o secretário de Defesa Social, Pedro Ramos, responsável pela Guarda Municipal, afirma que a corporação e a Polícia Militar estarão de prontidão para evitar qualquer tipo de tentativa de invasão ao local.

Ao todo, 144 famílias aguardam ansiosas pela entrega da obra.  O empreendimento começou a ser erguido no Jamile Dequeche em 2014 com prazo de conclusão para 2017, mas até hoje não foi entregue. Segundo as últimas medições, faltam cerca de 10%, mas a segunda construtora a assumir o empreendimento também abandonou a obra.

Rodrigo da Silva Marin é um desses futuros moradores e informa que está na fila de espera do sonho da casa própria há 15 anos. Ele, que é deficiente visual, diz que todos os futuros contemplados para morar no Alegro Villago estão apreensivos após a tentativa de invasão.

Todos os presentes na reunião querem evitar o que ocorreu com o residencial Flores do Campo, que foi abandonado pela Caixa Econômica Federal após invasão de dezenas de famílias. 

Segundo o presidente da Cohab (Companhia de Habitação de Londrina), Bruno Ubiratan, o banco informou que o contrato com a construtora atual termina no dia 6 de outubro deve ser interrompido. O banco deve fazer a quebra de contrato, por não cumprimento de prazo, e contratar outra empresa. Ele disse acreditar que o empreendimento deve ser entregue dentro de um prazo de 60 a 90 dias. 

A Caixa esclareceu, em nota, originalmente com a empresa G. Fernandi Construção e Incorporação, foi quem não concluiu as obras. Assim, houve a contratação da empresa Camargo Rodrigues, para retomada e conclusão das obras. Já diante da tentativa de ocupação irregular do empreendimento na noite do dia 1º de setembro, a segurança no local foi reforçada.  

A CAIXA esclarece que a entrega das unidades aos legítimos beneficiários ocorrerá após a conclusão das obras e legalização do empreendimento, de acordo com a legislação vigente.

O residencial ocupa uma área de 7,5 mil metros quadrados, na entrada do conjunto Jamile Dequech (zona sul). O empreendimento tem 144 apartamentos, distribuídos em nove blocos com quatro andares cada um. As unidades têm 43 metros quadrados, divididos em dois quartos, banheiro, sala e cozinha conjugadas e uma vaga de garagem.