Técnicos da Sanepar, da Copel e representantes das prefeituras de Londrina e Cambé se reuniram na tarde desta quinta-feira (11) para tratar das constantes interrupções no abastecimento de água provocadas pelas quedas de energia no Sistema Produtor Tibagi.

O problema não é de hoje. Há meses, o sistema responsável por 65% do abastecimento integrado entre as duas cidades registra paradas inesperadas. Desde o início de novembro, as falhas têm sido frequentes, sempre por causa de oscilações na rede elétrica. Além disso, obras de melhoria da Copel também exigiram desligamentos programados e redução temporária da produção de água.

Durante o encontro, o gerente-geral da Sanepar na região nordeste, Rafael Gonçalves, disse que a situação é emergencial e destacou que a prioridade é garantir estabilidade no fornecimento de energia para que as bombas voltem a operar sem interrupções. “Precisamos de segurança elétrica para manter o sistema funcionando. Sem isso, o abastecimento segue vulnerável”, afirmou.
Pela Copel, o gerente de operações de campo na região norte, Douglas Bausewein, explicou que as obras de ampliação de novas fontes de energia que começaram em março estão em ritmo acelerado. “Estamos trabalhando para reduzir ao máximo os impactos e entregar um sistema mais robusto”, garantiu.

As prefeituras de Londrina e Cambé reforçaram a preocupação com a população, lembrando que a instabilidade afeta diretamente o dia a dia dos moradores.

A Copel confirmou um investimento de 6 milhões de reais para a implantação de um novo sistema de condução de energia, previsto para ser concluído ainda em 2025. Desse total, 1,2 milhão será custeado pela própria Sanepar e 4,8 milhões pela Copel.
Ao final da reunião, todos os órgãos envolvidos se comprometeram a manter diálogo permanente e acelerar as ações técnicas para restabelecer a regularidade no abastecimento nas duas cidades.