Londrina recebe as peças que vão integrar a nova Unidade de Secagem Térmica de Lodo, em implantação na Estação de Tratamento de Esgoto Sul, na região sul da cidade. O projeto, que soma R$ 54 milhões em investimentos, é financiado por linha internacional voltada à redução de emissões de gases de efeito estufa e promete tornar o processo de tratamento mais sustentável.

Entre as estruturas que desembarcaram está um tambor de aço com 18 metros de comprimento, 4,3 metros de diâmetro e 43 toneladas, dimensões comparáveis a dois ônibus urbanos enfileirados ou à altura de um prédio de seis andares. Outro equipamento de destaque é o gerador de gases, que mede seis metros e pesa 40 toneladas, semelhante em porte a um caminhão-cegonha.

O transporte vai exigir carretas especiais, batedores de segurança e o uso de guindastes para realizar a transferência até a estação de esgoto, localizada em trecho de acesso não asfaltado.

A tecnologia instalada permitirá processar cinco toneladas de lodo por hora, reduzindo imediatamente o volume em até 90%. O sistema também terá capacidade de captar e utilizar o biogás produzido na própria estação como combustível para a secagem, transformando o que antes era resíduo em insumo energético.

Com previsão de entrar em operação plena em 2026, a unidade atenderá estações de Londrina, Cambé e Tamarana. Apenas seis equipamentos do mesmo porte existem no Brasil, e Londrina passa a integrar o seleto grupo de cidades que utilizam a tecnologia de secagem com aproveitamento de biogás, ao lado de outras localidades em Minas Gerais e Curitiba.

A obra, iniciada em 2024, insere Londrina no cenário nacional de inovação em saneamento, alinhando eficiência operacional e compromisso ambiental.