SEGUNDA, 21/10/2024, 10:22

Secretaria de Saúde reforça vigilância com o sarampo no Paraná

Doença chamou a atenção da saúde depois da confirmação de oito casos na Argentina, em área próxima ao estado

Após a confirmação de oito casos de sarampo na província de Río Negro, Argentina, a Secretaria da Saúde do Paraná emitiu um alerta de risco. O objetivo é reforçar a vigilância e intensificar as medidas de prevenção em todo o Estado. Embora o Paraná não tenha registrado casos recentes da doença, a proximidade com a área afetada e o fluxo constante de pessoas entre os dois países aumentam o risco de importação do vírus. 
O Brasil recebeu a certificação de eliminação do sarampo em 2016. No entanto, por conta do grande fluxo migratório e às baixas coberturas vacinais, o vírus voltou a circular entre 2018 e 2022, fazendo com que, em 2019, o país registrasse 21.704 casos confirmados, perdendo a certificação. Neste ano, até o momento, o Brasil contabiliza dois casos importados: um no Rio Grande do Sul, proveniente do Paquistão, e outro em Minas Gerais, com origem na Inglaterra. No Paraná, entre agosto de 2019 e junho de 2020, foram registrados 2.081 casos de sarampo, sendo o último confirmado em junho de 2020. Desde então, o Estado não confirmou novos casos da doença. 
A vacina é a principal forma de prevenir o sarampo. Os imunizantes que protegem contra a doença são a tríplice viral e a tetraviral. Ambas as vacinas são oferecidas gratuitamente pelo SUS, sendo que a primeira é indicada para a população de 12 meses a 59 anos, enquanto a tetraviral é ofertada aos 15 meses de idade, conforme orientação do Programa Nacional de Imunização. No Paraná, a cobertura vacinal para a primeira dose, aplicada em crianças de um ano, é de 95,72%. Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, ressaltou que a meta é garantir a proteção de toda a população paranaense.
Para que seja realizada a investigação dos casos e identificação dos contatos para adoção das medidas de prevenção e controle, os casos suspeitos de sarampo devem ser notificados imediatamente às Secretarias Municipais de Saúde, Regionais de Saúde e Secretaria Estadual de Saúde. 
 

Por Rafael Sanchez

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