Um homem de 29 anos foi preso em Santo Antônio da Platina, no norte do estado, na manhã de sábado (14), após trabalhar como médico no pronto-socorro do município mesmo sem ter registro junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) do Paraná. Segundo as investigações, o acusado se formou em Medicina no Paraguai e atuava como assistente da esposa, que, apesar de ser médica registrada, também foi detida. O casal vai responder por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica. A mulher prestava serviços à Prefeitura de Santo Antônio da Platina por meio de uma empresa terceirizada.

O acusado seria estagiário voluntário no pronto-socorro e, de acordo com denúncias repassadas à Polícia Civil, estaria atendendo pacientes e até preenchendo prontuários e receitas médicas. Ele sempre acompanhava a esposa nos plantões que, por sua vez, não supervisionava o atendimento do marido junto aos pacientes. Eles foram autuados em flagrante e, durante interrogatório, preferiram o silêncio.

Em nota, a Prefeitura de Santo Antônio da Platina garantiu que está apurando os fatos, e que vai solicitar informações à polícia sobre as possíveis irregularidades. De acordo com o comunicado, a Secretaria de Saúde deve abrir um procedimento administrativo para impor eventuais responsabilidades aos acusados. A prefeitura esclareceu, ainda, que a médica citada possui registro no CRM e contrato com o município. Segundo a nota, ela sempre se apresentou como a responsável por todos os atendimentos médicos do plantão.