QUARTA, 08/08/2018, 18:50

Setor do agronegócio ainda se preocupa com aumento dos preços dos alimentos com o tabelamento de frete

Reunião de frente parlamentar do setor debate os impactos para o País.

Depois de o Senado e a Câmara dos Deputados aprovarem a tabela de frete para os caminhoneiros, que permite à Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT definir um valor mínimo para o frete no transporte de cargas, o setor agropecuário ainda fala sobre os impactos que a medida deve gerar ao País.

Ainda sem decisão do Supremo Tribunal Federal – STF e sem nova proposta apresentada pela ANTT um debate foi feito nessa semana pela Frente Parlamentar da Agropecuária, representantes de diversas entidades do setor calculam aumento nos preços dos alimentos.

De acordo com o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Afrânio Brandão, a entidade é completamente contra o tabelamento que impossibilita a livre concorrência.

Afrânio destaca que alguns alimentos podem não subir, já que seguem uma linha internacional, mas sem dúvidas os prejuízos devem ser grandes.

O Presidente da República, Michel Temer, ainda deve sancionar a Medida Provisória. Após a sanção, fica estabelecida a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas e a proibição de fechar qualquer acordo de fretes em valores inferiores aos pisos mínimos. A tabela terá como parâmetro os custos operacionais totais do transporte, como prioridade os custos do óleo diesel e dos pedágios.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Londrina, Carlos Dellarosa, o frete deve mesmo subir em média três vezes mais do que era praticado antes da greve. O tabelamento é promessa de acordo feito na última greve da categoria e a inquietude do setor agropecuário só prova que os caminhoneiros eram prejudicados e que no Paraná sofriam ainda mais, no setor agropecuário.

Ainda segundo Dellarosa, no dia 13 haverá uma reunião com representantes de diversos setores para debaterem o valor da nova a tabela que deverá passar a vigorar.

O Ministro do STF, Luiz Fux, marcou uma audiência pública para o dia 27 de agosto, para julgar as ações apresentadas pelo setor do agronegócio, que pede a inconstitucionalidade da Medida Provisória.

Na proposta, a tabela de preços será publicada duas vezes no ano, até 20 de janeiro e até 20 de julho.

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