TERCA, 27/11/2018, 18:20

Governador do Paraná, Ratinho Júnior em entrevista anunciou que vai criar uma barreira sanitária para declarar o estado livre de aftosa sem vacinação

O governador eleito do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), em entrevista anunciou a intenção de fechar as divisas territoriais do estado, principalmente com o Mato Grosso do Sul, para tornar o estado área livre vacinação contra a febre aftosa. A partir dessa decisão nenhum outro animal que tenha se submetido à imunização contra a doença poderá entrar no estado.

A declaração dividiu a opinião dos órgãos de representatividade ligados ao assunto.

Para o presidente da FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), Ágide Meneghetti, essa é uma medida positiva e que agrada a maioria do setor, que já esperava uma ação como essa a pelo menos 20 anos.

Por outro lado, a Sociedade Rural do Paraná critica a posição tomada pelo governador. De acordo com o presidente da entidade, Antônio Sampaio, essa medida é prejudicial ao estado. Segundo ele isso trará resultados negativos ao estado.

O gerente de saúde animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), Rafael Gonçalves Dias, explica que o fim da vacinação automaticamente criará uma barreira sanitária, já que os animais que são vacinados não poderão entrar em território paranaense, assim como acontece em Santa Catarina que já é um estado livre de vacinação.

O principal motivo para a antecipação do fim da vacinação não é nem tanto por conta dos bovinos, já que o estado tem um rebanho pequeno, mas sim por conta dos suínos, já que hoje o estado é o segundo maior produtor do gênero no país e para ampliar a sua participação no mercado internacional como o Japão e a Coreia do Sul o estado precisa desse status de área livre sem imunização. 

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