A Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento está preocupada com a baixa procura por parte dos produtores rurais paranaenses para a atualização dos cadastros dos rebanhos. O período para a execução do processo termina no próximo dia 30, ou seja, a pouco mais de duas semanas, mas, até o momento, apenas 48,3% dos animais que constam no sistema da secretaria foram atualizados. Em Londrina, 42,7% dos produtores ainda precisam atualizar os cadastros.

Vale lembrar que a atualização é fundamental para auxiliar a vigilância sanitária e garantir ao Paraná a manutenção do status internacional de área livre da febre aftosa. A certificação foi concedida em 27 de maio pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), depois de mais de 50 anos de esforço conjunto de entidades públicas e privadas e da cooperação de produtores.

O secretário estadual de Agricultura, Norberto Ortigara, disse que, do ponto de vista sanitário, o poder público tem o direito de saber quantos animais são e onde eles estão. Sem contar, conforme ele, que o cadastro atualizado ajuda a Agência de Defesa Agropecuária a agir de forma mais rápida em eventuais casos de focos de qualquer doença, incluindo a aftosa.

O secretário lembrou que a falta da atualização pode gerar sanções sérias ao produtor rural. Uma delas é o impedimento para emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento imprescindível para qualquer movimentação entre propriedades ou para abate em frigoríficos. Além disso, a legislação prevê autuação e pagamento de multa de uma Unidade Padrão Fiscal por cada animal. Atualmente, o valor da UPF no Paraná é de R$ 113,54.

A atualização é exigida para todas as espécies animais existentes na propriedade, como bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves e peixes, entre outras.

Os produtores podem fazer o processo de forma direta por meio do site www.produtor.adapar.pr.gov.br/comprovacaorebanho ou em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais e escritórios de Atendimento dos municípios.