SEGUNDA, 02/01/2023, 18:57

Apesar das condições desfavoráveis do clima, agro paranaense teve bom desempenho em 2022

Na primeira safra, as principais lavouras de grãos tiveram quebras expressivas. Mas, as chuvas acima da média no segundo semestre acabaram ajudando nos resultados do milho e da soja.

 

Foi um ano desafiador para o agro paranaense, principalmente em função da estiagem, que prejudicou a produção e gerou aumento nos custos. No caso da soja, por exemplo, o Departamento de Economia Rural, Deral, apontou uma perda de, aproximadamente, 40% e uma redução no faturamento dos produtores do grão de, cerca, de R$ 15 bilhões entre 2021 e 2022.

No caso do milho, os prejuízos foram um pouco menores. A quebra na primeira safra girou em torno de 35%, mas as lavouras conseguiram se recuperar na chamada safrinha, o que acabou compensando as perdas, explica a agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural, Heverly Moraes.

Apesar disso, a tendência, de acordo com a Secretaria de Agricultura, é que o Valor Bruto da Produção Agropecuária paranaense, mantenha em 2022 os resultados positivos de 2021, quando registrou um recorde de mais de R$ 180 bilhões.

Heverly Moraes diz que a grande estiagem do primeiro semestre, que teve como principal causa o fenômeno La Niña, acabou sendo compensada na segunda metade do ano por um volume de chuvas acima da média. 

A agrometeorologista do IDR diz que em Santa Catarina e Rio Grande do Sul a estiagem foi ainda pior, em algumas regiões dos dois estados. Heverly Moraes explica que o La Niña deve ir perdendo força ao longo do ano. A previsão, ela afirma, é de um ano com bom volume de chuvas e expectativa de uma supersafra de soja.

O setor agropecuário responde, atualmente, por 36% do Produto Interno Bruto do Paraná.

Com informações da Agência Estadual de Notícias.

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