Os professores do campus Londrina da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) se reuniram com o sindicato que representa a categoria para resolver os rumos da greve e tirar dúvidas e deliberar sobre quais atendimentos seguem mantidos. 

A paralisação, que começou nesta segunda-feira (17), pegou alunos de surpresa e que estavam em semana de provas.   A estudante engenharia química, Emanuele Antunes de Moraes, era de uma das poucas turmas com prova marcada nesta semana.

Só no campus Londrina, a greve afeta cerca de 2 mil estudantes. Dos 162 professores da unidade da UTFPR, cerca de 80 docentes participaram da assembleia.

Representante do sindicato, o professor Claudio Ueno, disse que adesão a greve está crescendo e que foi definido que algumas atividades seguem mantidas como pesquisas e monitorias de bolsistas, mas aulas dos cursos de graduação e pós-graduação seguem suspensas no campus. 

A categoria reivindica recomposição salarial de 22,71% e não aceita o reajuste de 0% proposto pelo governo federal.  Outras pautas são a reestruturação das carreiras e melhores condições de trabalho. Segundo Ueno, o Governo Federal não avança na negociação com os professores, que ficaram no fim da fila.

A greve geral, convocada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, se estende outros 12 campi da UTFPR no Estado.    Já os professores do Instituto Federal do Paraná (IFPR) estão em greve desde 25 de março. Os docentes da UFPR - Universidade Federal do Paraná também deflagraram greve na última segunda-feira (15).

Sobre o calendário acadêmico, a reitoria da UTFPR informou, em nota, que os docentes que aderiram à paralisação, futuramente poderão repor suas aulas para não ocorrer prejuízo aos alunos. Já os professores que não fizeram adesão à greve podem continuar ministrando aulas e registrando os lançamentos normalmente conforme plano de aula já definido no início do semestre letivo.