SEGUNDA, 16/05/2022, 07:00

Construção Civil comemora redução na alíquota de importação do aço

Presidente do Sinduscon Norte elogiou medida e afirmou que diminuição é fundamental para regular mercado e reduzir impactos do insumo nos custos do setor.

A queda na alíquota do imposto de importação, de quase 11% para 4%, deve ajudar e muito o setor, que tem no vergalhão de aço um de seus principais insumos. A redução foi definida pelo comitê executivo da Câmara de Comércio Exterior e já começou a valer. Em 2021, a entidade já tinha autorizado uma diminuição de pouco mais de 1% na alíquota.

Com uso intensivo em qualquer tipo de obra, o material é um dos que mais vem onerando a construção civil nos últimos anos, segundo um estudo divulgado na semana passada. No caso das pontes, por exemplo, a pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, feita entre julho de 2020 e o mesmo mês do ano passado, mostrou que o produto foi responsável por mais de 70% dos aumentos registrados nos custos do setor.

A entidade comemorou a redução de 8% na alíquota de importação dos vergalhões e avalia que ela deve ajudar a regular o mercado e aquecer o segmento, com a geração de mais empregos em todo o país.

Sandro Nóbrega, presidente do Sinduscon Norte Paraná, também elogiou a medida e aposta que ela vai ser fundamental para reduzir os impactos da alta do produto nos custos da construção civil em um momento de desarranjo da economia mundial.

Nóbrega citou ainda a queda no Imposto Sobre Produtos Industrializados como mais uma medida que deve ajudar o setor, e criticou os aumentos expressivos, principalmente do aço, aqui no mercado interno durante a pandemia.

O estudo mostrou ainda que em uma unidade residencial, por exemplo, um terço do aumento nos custos teve um único componente, o aço.

Números que, segundo Sandro Nóbrega, acabam impactando fortemente, não só os programas habitacionais para famílias de baixa renda, mas todos os segmentos da construção civil.

Com a alta geral entre os principais fornecedores nacionais de aço, no ano passado o setor decidiu buscar alternativas e começou a importar o produto da Turquia. Os preços caíram um pouco, mas, em janeiro deste ano voltaram a subir.

Mesmo com a redução na alíquota de importação do aço, o setor se mobiliza para voltar a comprar o produto do exterior e com isso tentar segurar os preços no mercado nacional, explica o presidente do Sinduscon.

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