SEGUNDA, 17/09/2018, 06:55

Corregedoria Nacional do Ministério Público apura condutas de promotores paranaenses

Um dos casos investigados é a operação conjunta do Ministério Público do Paraná e do Ministério Público Federal que prendeu o candidato ao Senado, o ex-governador Beto Richa.

A Corregedoria Nacional do Ministério Público instaurou reclamações disciplinares para analisar a conduta de membros do MP estadual do Paraná e do Ministério Público Federal no Paraná que ajuizaram ações que supostamente podem ter impacto nas eleições deste ano. Além disso, três membros do Ministério Público do Estado de São Paulo, também estão tendo as condutas apuradas.

Os procedimentos foram instaurados a pedido do conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello. No memorando enviado à Corregedoria Nacional do Ministério Público, o conselheiro afirma que, no dia 11 de setembro, tomou conhecimento da operação conjunta do Ministério Público do Paraná e do Ministério Público Federal aqui no estado, que prendeu o candidato ao Senado pelo PSDB paranaense, o ex-governador Beto Richa, por fatos que, supostamente, teriam sido praticados em 2014.

O conselheiro solicitou à Corregedoria que verifique os casos, examinando os procedimentos ou inquéritos dos últimos 24 meses, para saber se ocorreram atos para acelerar ou retardar as investigações a fim de produzir a coincidência delas terem sido realizadas no mesmo dia e com isso um consequente impacto nas eleições.

No documento, Bandeira de Mello propõe que a Corregedoria investigue "a cronologia dos procedimentos preparatórios das operações e se houve coincidência proposital com o calendário das eleições.

A reclamação disciplinar é um procedimento investigativo de falta disciplinar de membro ou servidor do Ministério Público e pode ser proposta por qualquer cidadão.

Entramos em contato com o coordenador estadual do Gaeco, promotor Leonir Batisti, que esteve à frente da operação que prendeu Richa, mas ele não atendeu nossas ligações.

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