SEGUNDA, 28/06/2021, 07:01

Em meio a avanço do coronavírus, setor de atenção domiciliar cresce no Brasil e ajuda a diluir demanda de redes hospitalares

Serviço oferece cuidados tanto para casos simples, quanto para graves, e valor pode ser até 90% mais barato que atendimento em unidades de saúde.

Com a pandemia da Covid-19, uma série de serviços foram adaptados para que pudessem continuar atendendo mesmo em meio às medidas de prevenção à doença. Um dos segmentos que mais cresceu ao longo do período foi o de home care, ou atendimento domiciliar. Uma alternativa que vem ganhando adeptos, no lugar das consultas tradicionais em clínicas médicas.

Diante dos riscos de contaminação e do aumento no número de internações na rede hospitalar, muitas pessoas passaram a contar com o acompanhamento em casa. De acordo com dados do setor, do ano passado até agora, o ramo registrou um crescimento de mais de 20%.

O médico Cláudio Flauzino, diretor da empresa Home Doctor, especializada em atenção domiciliar, explica que a modalidade de atendimento oferece assistência tanto para quadros simples, como para situações de maior gravidade, como é o caso de pacientes que precisam de ventilação mecânica.

Além de adaptar a estrutura hospitalar para o espaço doméstico, ele considera que o serviço proporciona outros benefícios para os usuários, como uma menor exposição a fatores de risco e um ambiente mais acolhedor, o que traz confiança ao paciente e contribui para o processo de reabilitação.

Além disso, o doutor destaca que o home care tem sido uma opção viável diante da superlotação da rede hospitalar, por conta da pandemia, e considera que o serviço contribui para diluir a demanda das unidades de saúde.

Em Londrina, por exemplo, o Hospital Universitário continua pressionado pela alta demanda de internações relacionadas à Covid. Apesar de um leve recuo nos últimos dias, a taxa de ocupação segue acima dos 90%.

Segundo o médico, os atendimentos são realizados de acordo com protocolos de segurança que também contemplam familiares e a equipe de saúde que acompanha o paciente. Ele acredita que este seja um dos pontos fortes do serviço, que se adaptou às condições impostas pela Covid-19.

Flauzino afirma ainda que no quesito financeiro, a alternativa também é interessante. Em geral, os atendimentos domiciliares têm um custo de 50% a 90% menor, em relação à mesma assistência feita dentro do hospital.

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