SEGUNDA, 09/11/2020, 18:27

Endividamento chega ao menor nível entre os paranaenses desde o início da pandemia

Dados do estado acompanham tendência de queda do país e cartão de crédito segue com maior parte das dívidas, mas uso caiu na comparação com setembro.

O menor índice desde o início da pandemia. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Fecomércio apontou que em outubro 89,2% das famílias do estado possuíam algum tipo de dívida. É o menor percentual desde abril, quando o indicador chegou a 90%, e é também inferior ao endividamento de outubro do ano passado, de foi de 90,7%.

O número de famílias com contas em atraso também caiu e passou de pouco mais de 28% em setembro para 26,6% em outubro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o índice também melhorou, já na época o percentual de pessoas com contas atrasadas era de 29,3%. Já o número de famílias que afirmaram que não terão condições de pagar as dívidas baixou de 12,9% em setembro para 11,9% em outubro. Esse índice era de 10,8% em outubro do ano passado.

O diretor do Sistema Fecomércio, Rodrigo Rosalem, destaca a redução na quantidade de famílias que afirmaram não ter condição de pagar o débito e diz que a queda do endividamento como um todo tem um lado bom e outro ruim e, de certa forma, mede o comportamento da atividade econômica e a propensão das pessoas a consumir bens duráveis e de maior valor agregado.

E o financiamento de veículos voltou a crescer, de acordo com o levantamento da Fecomercio, e passou de 8,1% em setembro para 9,3% em outubro, alavancado principalmente pelas classes C, D e E. Em contrapartida, o financiamento imobiliário segue em queda desde o início da pandemia e ficou em outubro com 7,2% das dívidas.

Mas, quem segue concentrando a maior parte das dívidas é o cartão de crédito, com 75%. O uso dele caiu 1% na comparação com setembro.

Rodrigo Rosalem diz ainda que na comparação por renda, as famílias na faixa acima de dez salários mínimos continuam como as mais endividadas, com 94,5%. Entre as famílias com ganhos mensais de até dez salários mínimos, o número de endividadas chega a pouco mais de 88%.

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