SEXTA, 13/10/2023, 15:34

Endividamento tem segunda queda consecutiva no Paraná

Apesar do leve recuo, pesquisa da Fecomércio mostrou que o cartão de crédito segue sendo o principal vilão do endividamento e da inadimplência.

Divulgada na manhã desta sexta-feira, a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio e da Fecomércio Paraná mostrou uma pequena queda no endiidamento do consumidor paranaense. De acordo com o levantamento, 94,2% das famílias paranaenses possuíam algum tipo de dívida em setembro, índice levemente inferior aos 94,6% de agosto.

Foi o segundo mês consecutivo de redução do endividamento no Paraná. Resultado que manteve o estado na vice-liderança do ranking brasileiro de consumidores com dívidas. A primeira posição segue com o Rio Grande do Sul, onde pouco mais de 96% da população está endividada.

E essa queda foi puxada, principalmente, pelas famílias que recebem mais de dez salários, cujo endividamento passou de 95,8% em agosto para 94,6% em setembro. Entre as famílias de menor renda, também redução, ainda que de forma mais suave, passando de 94,3% para 94,1%.

Já os inadimplentes, aquela parcela de endividados com contas em atraso a mais de três meses se mantém estável, em pouco mais de 18%, desde julho. Por outro lado, o número de famílias que dizem não ter condições de pagar seus débitos vem subindo a três meses e chegou a 6,6%. A situação é pior entre os que ganham até dez salários, com 7% reconhecendo que não vão conseguir quitar a dívida.

O cartão de crédito seguiu como a principal fonte de endividamento em setembro, concentrando mais de 84% dos débitos dos paranaenses. Consumidores que começam a ter uma luz no fim do túnel com a lei do Desenrola Brasil, sancionada pelo Governo Federal no início do mês.

O programa, voltado à renegociação de dívidas pessoais, limita os juros cobrados no crédito rotativo do cartão a 100%. Em agosto, a taxa média registrada no país foi de mais de 445%. 

O colunista de economia da CBN Londrina, Mauro Calil, avalia que o programa pode ajudar bastante os consumidores endividados, mas destaca a importância da educação financeira para quem precisa sair do sufoco.

Segundo o Ministério da Fazenda, o Desenrola Brasil pode beneficiar até 70 milhões de consumidores.

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