A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Confederação Nacional do Comércio e da Fecomércio Paraná, mostrou que, em outubro, 95,8% dos paranaenses possuíam algum tipo de dívida. É o segundo pior indicador da série histórica, que começou em 2010. Percentual que só não é pior do que os 96,2% de agosto de 2011, e que já tinha sido registrado no mesmo mês deste ano.

Rodrigo Schimidt, coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio, explica que entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o percentual foi um pouco mais baixo que a média do estado, mas, mesmo assim, o aumento foi expressivo, de 3 pontos percentuais em relação a setembro.

Já entre as famílias de menor renda, o coordenador da Fecomércio diz que a sondagem mostrou um endividamento um pouco maior que a média paranaense, atrás apenas dos 96,4% de agosto desse ano.

Rodrigo Schmidt diz que o tipo de dívida mais recorrente entre os paranaenses, mesmo com os juros altos, foi o cartão de crédito, que concentrou pouco mais de 84% do total dos endividados.

Apesar do novo aumento no endividamento, o coordenador da Fecomercio explica que a inadimplência aqui no estado registrou queda em outubro.

Já a média nacional do endividamento registrou pequena queda, de 79,3% em setembro para 79,2% em outubro. Mas, essa redução veio acompanhada de um novo aumento na quantidade de famílias com contas em atraso, de 30% para 30,3%. Em um ano, a alta no indicador foi a maior desde o início de 2016.

Embora o endividamento tenha caído no país, em 17 das 27 unidades da federação a quantidade de endividados cresceu entre os dois meses. Dos cinco estados com os maiores percentuais, dois estão aqui na Região Sul: Paraná e Rio Grande do Sul, com os paranaenses como os que tinham mais dívidas no Brasil em outubro.