SEGUNDA, 19/09/2022, 15:01

Exportações paranaenses registram melhora em agosto

Aumento trouxe superávit para a balança comercial no ano, mas, apesar de positivo, saldo foi quase 100% menor que o acumulado no mesmo período de 2021.

Uma alta em relação ao mês anterior de 12% e de 35% na comparação com agosto de 2021. As importações também cresceram e somaram pouco mais de US$ 2 bilhões, com um aumento de 2% na comparação com julho e, de 44%, em relação ao mesmo mês do ano passado. Segundo a Fiep, o saldo da balança comercial até agosto, apesar de positivo, foi quase 100% menor que o registrado no acumulado do mesmo período de 2021.

Em 2022 os números vêm oscilando, com apenas três meses registrando saldo positivo. Maio teve o maior déficit do ano, quase US$ 300 milhões. Para o economista da Federação das Indústrias, Evânio Felippe, a oscilação no saldo da balança em 2022 pode ser explicada pelas dificuldades na economia mundial, uma herança da pandemia, que acabou agravada pela guerra no leste europeu. Outro fator que influencia nessa conta, explica o economista, é a taxa de câmbio.

A indústria de transformação paranaense foi responsável, em agosto, por quase 80% de tudo que o estado vendeu para outros países. No caso das importações, a participação do setor foi ainda maior, 93%. Quase 65% das exportações do Paraná no mês ficaram concentradas em cinco grupos de produtos, com destaque para a soja, que respondeu por 27%, e as carnes, com 17%.

O economista da Fiep diz que o segredo para enfrentar as oscilações da economia global e manter o equilíbrio da balança comercial é diversificar a pauta, tanto de exportações quanto de importações.

O comércio para cinco países representou pouco mais de 40% de tudo que o Paraná exportou em agosto. E o destino principal dos produtos do estado segue sendo a China, que respondeu por 16% de todas as mercadorias negociadas no mês. Na sequência, de acordo com a Fiep, apareceram a Argentina e os Estados Unidos, com 8% e 7% respectivamente.

No caso das importações, o Paraná comprou de 103 países, sendo 60% concentrado em cinco deles, também com larga vantagem para a China, que respondeu por mais de 30%, metade disso apenas de produtos químicos. O economista da Fiep diz ainda que, para o resto do ano, segue mantida a expectativa de um menor crescimento da economia mundial.

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