Gaeco cumpre cinco ordens de busca e apreensão em cidades do norte pioneiro do Paraná por desvios de verbas da saúde
A Operação Raio X apura desvios de R$ 550 mil de recursos públicos da saúde do município de Andirá no norte do Paraná
O Ministério Público do Paraná com apoio do Gaeco de Londrina cumpriu na manhã dessa quinta-feira (15) cinco mandados de busca e apreensão em Andirá e Bandeirantes no norte pioneiro do Estado e na cidade de Assis, no interior paulista no âmbito da Operação Raio X. A promotoria apura desvios de recursos públicos na Sociedade Hospitalar Beneficente de Andirá.
Segundo as investigações, os colaboradores do hospital filantrópico desviaram um montante estimado de R$ 550 mil. O dinheiro público desviado era depositado também em contas de parentes desses colaboradores do hospital.
A Auditoria conduzida pelo MP verificou que as irregularidades ocorreram especialmente por intermédio de pagamentos de salários, gratificações e diversas modalidades de reembolsos.
O promotor de Justiça de Andirá, Danilo Leme, informou que os principais operadores do esquema eram o diretor e o gerente financeiro da unidade hospitalar que tem contrato com a Prefeitura de Andirá. O fato inusitado é que a denúncia partiu de uma mulher que vivia uma relação extraconjugal com um dos investigados que ocupava cargo importante na sociedade hospitalar.
A Sociedade Beneficente de Andirá ficou dois anos recebendo recursos específicos da Prefeitura de Andirá com repasse médio de R$ 300 mil para funcionamento do SUS. Segundo o MP, a princípio não há participação de funcionários públicos do município ou do Estado nessa fraude.
Ainda segundo o promotor de Justiça, a Prefeitura de Andirá instaurou uma sindicância interna para apurar os fatos investigados pela Operação Raio X e tem contribuído com a documentação dos contratos entre o município e o hospital.
Ao todo são oito pessoas investigadas por associação criminosa, peculato e falsidade ideológica.