QUINTA, 16/10/2025, 13:38

GAECO deflagra segunda fase da Operação Las Vegas e prende três suspeitos em Londrina

Grupo nacional investigado por jogos ilegais e lavagem de dinheiro teria movimentado até R$ 140 milhões. Líder já havia sido alvo da operação Jogo Sujo 2, em 2011

O Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) deflagrou nesta quinta-feira (16) a segunda fase da Operação Las Vegas, que investiga uma organização criminosa de alcance nacional envolvida na exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro e agiotagem.

Nesta etapa, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão expedidos pela 5ª Vara Criminal de Londrina. Três pessoas foram presas em Londrina, enquanto as demais ainda são procuradas.

Segundo o Promotor do Ministério Público, Leandro Antunes, as investigações apontam que a organização criminosa desenvolveu um software próprio para gerenciar jogos de azar ilegais, como o jogo do bicho e outros não amparados pela legislação, e o alugava para outros operadores em diversos municípios do país.

Na primeira fase da operação, que ocorreu em janeiro desse ano, a Justiça determinou o bloqueio de até R$ 140 milhões em bens do grupo. Um dos líderes da organização, já havia sido preso em 2011 durante a Operação Jogo Sujo 2, que também mirava o jogo do bicho. Após obter liberdade, ele teria reestruturado o grupo e profissionalizado as operações, criando o software que deu novo fôlego à atividade criminosa.

Os presos nesta nova fase atuavam tanto na gestão da organização criminosa quanto em operações pontuais de lavagem de dinheiro, utilizando veículos e imóveis para disfarçar a origem dos recursos. O núcleo central da quadrilha estaria baseado em Londrina e Cambé, de onde partiam ordens para operações em todo o país.

Durante as diligências desta quinta-feira, foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos, documentos, uma arma de fogo ilegal, cujo portador foi preso em flagrante, e um veículo de luxo, modelo Porsche, avaliado em mais de R$ 900 mil.

O material será periciado e analisado para instruir a denúncia do Ministério Público. A expectativa é que o caso avance para a oferta formal de denúncia nos próximos meses, embora novas fases não estejam descartadas.

Por Paulo Andrade

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