QUARTA, 26/11/2025, 11:58

Homem que matou a sogra em Londrina é condenado a 33 anos de prisão

O julgamento aconteceu no Dia Internacional pelo Fim da Violência contra a Mulher

O Tribunal do Júri condenou Diego Granada a 33 anos de prisão pela morte da ex-sogra Cibele de Assis, de 45 anos, ocorrida em novembro de 2024, no Residencial Vista Bela, na Zona Norte de Londrina. A mulher morreu ao defender a filha, vítima de violência doméstica.

A ex-mulher e a mãe tinham medidas protetivas contra ele. No dia do feminicídio o acusado foi até a casa da família e apontou a arma para a ex-esposa, Cibele então entrou na frente da filha e foi atingida por um tiro no peito.

O julgamento aconteceu em uma data importante: o Dia Internacional pelo Fim da Violência contra a Mulher e marcou o primeiro júri em Londrina baseado na nova lei do feminicídio como crime autônomo (Lei nº 14.994/2024), que amplia agravantes e penas.

O Observatório de Feminicídios de Londrina (Néias), que acompanhou o julgamento, destacou que o reconhecimento do feminicídio mesmo fora de um relacionamento amoroso direto representa um avanço importante.

A professora e porta voz do Néias, Silvana Mariano, explicou o que mudou na lei, como por exemplo tornar o crime de feminicídio autônomo, e mais grave, com pena de reclusão de 20 a 40 anos

Diego Granada foi preso logo após o crime e segue detido na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL). Em depoimento, ele afirmou ter efetuado o disparo, mas alegou que não pretendia matar, que estava na casa apenas para buscar um carro. O réu havia sido detido anteriormente por tráfico de drogas.

Durante o julgamento a defesa atuou na tentativa de descaracterizar a tese de feminicídio, porém, o Ministério Público sustentou que o réu agiu movido por razões de gênero, evidenciadas pelo seu histórico de violência contra múltiplas mulheres.

A professora ainda destacou a importância da pena estabelecida.

O homem segue preso desde que o crime ocorreu.

Por Silvia Vilarinho

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