O Instituto Água e Terra (IAT) e o Laboratório de Ecologia e Comportamento Animal (LECA) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) firmaram uma parceria para a preservação do macaco-prego (Sapajus).

As ações começam nesta quarta-feira (26) com palestras informativas em escolas municipais de Cianorte (no Noroeste do estado) e Londrina. A Intenção é replicar a proposta em outros pontos do Paraná.

A iniciativa é liderada pelo escritório regional do órgão ambiental de Cianorte e prevê, para o segundo semestre, a elaboração de um manual para o manejo correto dos animais nativos e a implementação do projeto de educadores ambientais mirins.

A coordenador do grupo de pesquisa do LECA, a pós-doutora em ciências biológicas Ana Paula Magnoni, explicou como foram as tratativas até a consolidação da parceria.

No começo de março a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) realizou o levantamento aéreo do Parque Municipal do Cinturão Verde e da Reserva Biológica das Perobas, ambas em Cianorte, e do Parque Estadual Mata dos Godoy, em Londrina. Também foram mapeados espaços de mata nativa próximos aos perímetros urbanos. Ana Paula destaca que o projeto ainda está no início e tem muito a evoluir.

O macaco-prego é uma espécie de primata que vive em árvores, de hábitos diurnos e está presente em vários países da América do Sul. Ele se alimenta predominantemente de frutos, mas também de pequenos vertebrados. Os grupos possuem entre 10 e 20 indivíduos, com território de cerca de 355 a 850 hectares. A gestação é de cerca de 180 dias. A coordenadora do LECA justifica a necessidade da preservação da espécie.