QUINTA, 09/12/2021, 09:20

Índice de endividamento no Paraná registra maior taxa para novembro desde 2010

Por outro lado, percentual de pessoas que não têm condições de pagar débitos vem diminuindo, aponta levantamento da Fecomércio

O volume de famílias paranaenses que possuem alguma dívida chegou a 92% no mês passado, segundo a nova Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR).

Este é o maior registro para novembro desde o início do monitoramento do indicador, em 2010. No entanto, o levantamento da entidade revela que a taxa de inadimplência no estado vem apresentando queda ao longo do último semestre, como explica Rodrigo Schmidt, coordenador de Desenvolvimento Empresarial.

Segundo a pesquisa, feita em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), houve uma queda de 42,5% no número de famílias sem condições de pagar as dívidas, em relação ao mesmo período do ano anterior. É o menor índice em nove anos.

Ainda de acordo com o levantamento, 18,5% dos paranaenses tiveram alguma conta em atraso no último mês. Apesar disso, Schmidt avalia que o atual cenário econômico nacional, com aumento na taxa de juros e a inflação com altas seguidas, provoca uma cautela maior nos consumidores, que passam a dar prioridade ao pagamento dos débitos.

O balanço divulgado pela Fecomércio mostra que 97,6% das famílias com renda superior a 10 salários-mínimos têm algum tipo de dívida. Percentual que vem aumentando desde setembro. A taxa também apresentou alta entre os paranaenses com salário abaixo deste patamar, passando de 88,6% em outubro, para 90,7% no mês de novembro. Por outro lado, segundo o coordenador, o índice de inadimplência tem recuado nas duas categorias ao longo das últimas pesquisas.

O principal tipo de dívida das famílias do estado continua sendo o cartão de crédito, com 68,3%. Logo depois, vem o financiamento de veículos, que apresentou crescimento significativo em 2021 e chegou a 18,2% em novembro. Uma alta de mais de 8% desde abril deste ano.

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