Laudo do IML confirma que mulher foi morta esfaqueada e filhos por asfixia em Jacarezinho, no norte do Paraná
Exames contradizem versão do principal suspeito do triplo homicídio, que confessou a morte da ex-esposa e da filha dela, de 4 anos, mas alegou que o bebê de 20 dias, filho do casal, teria morrido após ser jogado no chão pela mãe.
A Polícia Civil do Paraná informou nesta quinta-feira (1º) que o Instituto Médico Legal (IML) emitiu o laudo com a causa dos óbitos da mãe e dos dois filhos pequenos encontrados mortos na casa onde a família morava, em Jacarezinho, no norte do Paraná, no último dia 22. De acordo com a polícia, o laudo do IML comprovou que a causa da morte de Ellen Craveiro, de 22 anos, foi por esgorjamento, que seria uma lesão produzida no pescoço dela possivelmente por uma faca ou outro objeto cortante. Já a causa do óbito das crianças, uma menina de 4 anos e um bebê de apenas 20 dias de vida, foi por asfixia.
O laudo do Instituto de Criminalística, segundo a Polícia Civil, ainda está em andamento, assim como o inquérito policial do caso.
Os exames do IML contradizem a versão do principal suspeito do triplo homicídio. Marcos Vinícius Gonçalves, ex-marido de Ellen, confessou ter matado a mulher esfaqueada no pescoço durante uma briga. Ele também alegou que, após a morte da mulher, amarrou e sufocou a filha dela até a morte. O acusado, no entanto, nega ter matado o bebê, que também era filho dele. Segundo a versão apresentada, o menino teria morrido após ser jogado no chão pela mãe.
A confissão do suspeito já havia sido detalhada pela delegada que investiga o caso, Carolinne Fernandes.
A polícia acredita que Ellen e os filhos tenham sido mortos cinco dias antes, em 17 de maio, quando Gonçalves foi flagrado por câmeras de segurança entrando e saindo da residência. Depois de cometer os assassinatos, o homem teria vendido o celular da ex-esposa e um botijão de gás da casa. Ele iria usar o dinheiro obtido com as vendas para fugir da cidade, mas acabou detido antes disso.
A briga que terminou na morte da família teria sido ocasionada por uma crise de ciúmes por parte do acusado, que discutiu com Ellen após ver uma mensagem de áudio de um outro homem no celular dela. Gonçalves não aceitava o fim do relacionamento.
A polícia pretende usar os laudos do IML para confrontar Gonçalves, que, até o momento, confessou a morte de duas das três vítimas. A delegada também pretende pedir que a prisão temporária dele seja convertida em preventiva pela Justiça.