Foi o segundo mês consecutivo em que a inadimplência dos consumidores paranaenses chegou a um dos menores patamares dos últimos anos. Em julho, apesar de pouco mais de 95% das famílias do estado terem algum tipo de dívida, os atrasos no pagamento atingiam apenas 18% delas, contra 17,1% em junho.

Os dois números são os mais baixos da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Confederação Nacional do Comércio e Fecomércio Paraná.

Já a média nacional de endividamento das famílias, como de costume, foi bem mais baixa que a paranaense e ficou em pouco mais de 78%, em julho. O coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio, Rodrigo Schmidt, explica que após um período de estabilização, entre março e maio, desde junho o endividamento tem crescido entre as famílias de renda mais baixa.

Em relação ao endividamento, o Paraná ficou em 2º lugar no ranking por estado, atrás apenas do Rio Grande do Sul, onde 96,3% da população tinha algum tipo de dívida.

Rodrigo Schmidt explica que, em média, as famílias paranaenses ficam seis meses comprometidas com as dívidas e o cartão de crédito continua sendo o grande vilão das contas a pagar.

Outro dado, de acordo com a Fecomércio, é que, em mais da metade dos casos em que os consumidores estão com dívidas em atraso, 52,4%, ele é superior a 90 dias, o que pode gerar a inclusão do CPF do devedor nos serviços de proteção ao crédito.

Com os dois meses consecutivos de queda na inadimplência, em junho e julho, o Paraná ocupa agora o 24º lugar entre os estados com mais famílias na inadimplência.