A pandemia de coronavírus completou três anos no Paraná neste domingo (12). Em 12 de março de 2020, o estado registrou os primeiros casos da doença. Em Londrina, o primeiro caso iria ser registrado cinco dias depois, em 17 de março. De lá para cá, o mundo mudou e a humanidade precisou se adaptar para sobreviver a uma das doenças mais graves da história. Neste período, mais de 2,9 milhões casos de coronavírus foram registrados no Paraná, sendo que cerca de 160 mil deles foram contabilizados em Londrina. Em relação ao número de mortes, são mais de 45 mil em todo o estado e 2.680 na cidade. 

Para fazer frente à pandemia, o poder público precisou reforçar o número de leitos nos hospitais, contratar mais profissionais e, atrapalhado pelo negacionismo e as falsas informações disseminadas principalmente nas redes sociais, conscientizar a população sobre os hábitos de higiene, o uso do álcool gel e das máscaras e a importância do isolamento social.

O Governo do Estado, por exemplo, disponibilizou quase cinco mil leitos exclusivos para atendimento a pacientes com Covid-19, inaugurou três novos hospitais e levou UTIs a cidades que nunca tinham tido esses espaços especializados. Mesmo assim, as Unidades de Pronto Atendimento e hospitais de pequeno porte ficaram cheios, chegando a seis mil pacientes internados simultaneamente. No Hospital Universitário (HU) de Londrina, foi criado um setor de retaguarda, exclusivo para pacientes Covid, com mais de 100 leitos de UTI e outras dezenas de vagas em enfermaria.

O número de casos graves e de mortes pela doença só começou a cair em 2021, com o início da campanha de vacinação. A imunização da população começou lenta por conta da falta de doses e só foi ganhar corpo no final daquele ano. Tanto é que a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes coletivos só foi suspensa no estado em março do ano passado.

Desde o início da campanha, quase 29 milhões de vacinas contra a Covid foram aplicadas no estado. As doses são de quatro fabricantes diferentes e esquemas vacinais que abrangem desde crianças de seis meses até os mais idosos. Atualmente, com a chegada das vacinas bivalentes, o Paraná deu início a uma nova etapa no processo de vacinação, para reforçar a proteção contra a doença. Em Londrina, podem receber as doses idosos com 65 anos ou mais de idade, além de pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em Instituições de Longa Permanência, indígenas, ribeirinhos, quilombolas e pessoas com deficiência permanente. 

A Secretaria Estadual de Saúde considera estável o cenário atual da doença no Paraná. Apesar disso, as autoridades reiteram que é preciso estar com a vacinação em dia e manter os hábitos de higiene criados no início da pandemia, uma vez que as pessoas continuam sendo infectadas e até morrendo vítimas da Covid. Segundo o último boletim divulgado pela Prefeitura de Londrina, por exemplo, foram confirmados 334 casos e quatro óbitos em decorrência da doença na última semana. Os números, que estavam sob controle em fevereiro, voltaram a subir nas últimas semanas, possivelmente por conta das aglomerações ocasionadas pelas festas de Carnaval.