TERCA, 14/06/2022, 18:03

Paraná se aproxima dos 100 mil casos confirmados e passa das 50 mortes por dengue

Em uma semana, foram registrados mais 10 mil casos e dez óbitos pela doença, duas delas na região de Londrina.

O boletim semanal da dengue publicado nesta terça-feira (14) pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) confirmou a morte de mais dez pessoas no Paraná pela doença. Também foram confirmados mais 10.147 casos, elevando o número total de diagnósticos, desde o início do atual ciclo epidemiológico, em agosto do ano passado, para 96.956.

Os dez novos óbitos somam-se aos 41 anteriores desse período, totalizando 51 mortes por dengue no estado entre 2021 e 2022. As mortes ocorreram entre 7 de março e o último dia 11. Foram confirmadas duas mortes em Pato Branco, duas em Verê, duas em Umuarama, e uma em cada um dos seguintes municípios: Arapongas e Cambé, na região de Londrina; Medianeira, no oeste; e Ribeirão do Pinhal, no norte pioneiro do estado. As vítimas são três mulheres e sete homens, com idades entre 28 e 93 anos, sendo que cinco delas tinham comorbidades.

Na área de abrangência da 17ª Regional de Saúde, responsável por Londrina e municípios da região, foram confirmados, até o momento, 10.428 casos suspeitos, 2.137 confirmados e quatro mortes pela doença.

Vale lembrar que o Paraná está em estado de epidemia de dengue desde abril deste ano. De lá para cá, as equipes da Saúde têm realizado uma série de ações para conter os números da doença. Em Londrina, por exemplo, houve a aplicação do chamado fumacê nos bairros com os maiores índices de infestação do mosquito Aedes aegypti. Também foram realizados mutirões de limpeza e visitas por parte dos agentes de endemias nas regiões mais afetadas.

Segundo o último Liraa, Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, o índice é de 7,8% em Londrina. Ou seja, a cada cem imóveis visitados pelas equipes, quase oito apresentaram focos do mosquito transmissor da doença. As regiões norte e sul da cidade foram as que apresentaram os números mais alarmantes.

O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, ressaltou a importância das ações realizadas contra o Aedes, mas destacou que, mais do que o poder público, a população também precisa fazer a parte dela para conter a proliferação dos criadouros do mosquito, já que, segundo ele, praticamente todos os focos são encontrados nos quintais das casas das pessoas.

Por Guilherme Batista

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