SEGUNDA, 27/07/2020, 06:35

Pesquisa do IBGE Paraná mostra que o desemprego no estado durante a pandemia sobe mais de 11,1% em junho

Em maio a mesma pesquisa havia apontado um aumento de quase 10%, o acumulado dos últimos dois meses ultrapassa 20% de desempregados.

Pelo segundo mês consecutivo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE no Paraná fez uma pesquisa sobre o desemprego no estado, em meio à pandemia do novo Coronavírus.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios no Paraná - PNAD COVID-19, apontou um crescimento de 11,1% no desemprego em junho se comparado com maio.

No mês de maio a taxa ficou em quase 10%, no acumulado dos dois meses de pesquisa o volume é superior a 20%

Isso significa que em junho o total de pessoas desempregadas no estado foi de 648 mil.

A pesquisa aponta que no Paraná, em junho, o número de pessoas não ocupadas e que não procuraram trabalho, mas que gostariam de trabalhar na semana anterior foi de 875 mil, ou seja, 48 mil a mais em relação a maio, que foi de 827 mil.

Na comparação dos últimos dois meses, o total da população ocupada caiu de 5,2 milhões em maio para 5,1 milhões em junho. O número de pessoas fora da força de trabalho saltou de 3,47 milhões em maio para 3,52 milhões no mês passado. 

O total de pessoas não ocupadas que não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade, mas que gostariam de trabalhar na semana anterior foi de 427 mil, um aumento de 13 mil pessoas em relação a maio, que era de 414 mil.

Em junho, no Paraná, do total de 574 mil pessoas que estiveram ocupadas e afastadas do trabalho que tinham, 411 mil foram afastadas devido ao distanciamento social, uma diminuição de 130 mil em relação a maio (541 mil). Dessas 411 mil pessoas afastadas, cerca de 250 mil deixaram de receber remuneração.

Sobre o teletrabalho, em junho, o número de pessoas ocupadas e não afastadas do trabalho que trabalhavam de forma remota no Paraná foi de 478 mil, cerca de 12 mil a menos que em maio.

De acordo com o coordenador da pesquisa, Flavio Schuler Oliveira, foi questionado ainda sobre possíveis sintomas de doenças ou que apresentaram sintomas referenciados conjugados como perda de cheiro ou sabor ou tosse, febre e dificuldade para respirar ou febre, tosse e dor no peito, apresentaram reduções drásticas de um mês para o outro. No primeiro caso foi de 662 mil, cerca de 236 mil a menos que em maio.  Já no segundo caso foi por volta de 45 mil em junho, 19 mil a menos que no mês anterior.

Ainda de acordo com Flávio Schuler, a pesquisa estadual deve se manter enquanto a pandemia perdurar.

Sobre a renda, a pesquisa indica que, embora o rendimento médio real normalmente recebido de todos os trabalhos das pessoas ocupadas fosse de 2.534 reais, o rendimento efetivo foi de apenas 2.189 reais em junho.

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