Uma data que já faz parte do calendário de compras da população brasileira e hoje é a quinta mais importante para o varejo, ficando atrás apenas do Natal e dos dias das Mães, das Crianças e dos Pais. A pesquisa, feita numa parceria entre a Fecomércio e o Sebrae Paraná, mostrou que quem vai às compras na Black Friday deste ano deve gastar 8% mais em relação a 2021. Com o valor médio das compras passando de pouco mais de R$ 710 para R$ 770.

Os produtos mais procurados pelos consumidores seguem sendo os eletrônicos, quase 53%. Na sequência aparecem vestuário e calçados, 33%, e eletrodomésticos, para 27,5%.

Mas, a sondagem revelou também que menos de 27% dos consumidores paranaenses veem vantagem na Black Friday. Em 2020, eles eram 44%. Resultado que mostra uma certa descrença com as promoções da data.

O economista e professor da UTFPR, Marcos Rambalducci, diz que o varejista já está trabalhando no limite e não tem margem para oferecer preços muito mais baixos. Como a estratégia da ‘metade do dobro’ não cola mais, afirma Rambalducci, o consumidor percebe que os descontos minguaram.

Em relação ao aumento do valor gasto pelos consumidores na data, o economista afirma que, se descontarmos a inflação, fica claro que não vai haver evolução nas vendas entre os dois anos.

Do total de entrevistados, quase 18% afirmou que vai adiantar as compras de Natal na data. O percentual está acima dos 13,6% registrados em 2021.

De acordo com projeção da Confederação Nacional do Comércio, a Black Friday de 2022 deve movimentar, em todo o país, R$ 4,2 bilhões, número que representa um avanço de 13% em relação a 2021.