A Polícia Militar do Paraná impediu que um possível confronto entre torcidas terminasse em tragédia no último sábado (18), em Londrina, antes da final entre Londrina Esporte Clube e Ponte Preta. De acordo com o Tenente Villas Boas, torcedores organizados da equipe campineira descumpriram o planejamento de segurança acordado previamente e chegaram à cidade duas horas antes do combinado, circulando pela região da Avenida Santa Mônica e ameaçando torcedores do Londrina.

De acordo com a PM, os ônibus das três torcidas organizadas da Ponte Preta pararam em um ponto identificado como área de tráfico de drogas. A suspeita é que o grupo tenha tentado escapar da fiscalização policial. Durante as revistas, foram apreendidos pedaços de madeira, pedras, rojões e outros objetos que poderiam ser usados em brigas.

Apesar das apreensões e da conduta considerada agressiva, após avaliação de risco, a PM decidiu permitir o ingresso controlado dos torcedores organizados no estádio do VGD, apenas depois que todos os demais torcedores já haviam entrado. A Polícia Militar também confirmou que, mesmo após o controle de entrada, um rojão chegou a ser aceso dentro do setor visitante, o que reforçou a preocupação com o histórico de violência das organizadas campineiras.

Agora, a preocupação se volta para o segundo jogo da final, neste sábado (25), em Campinas. Nas redes sociais, circulam mensagens de retaliação contra torcedores londrinenses que pretendem acompanhar o time fora de casa. A PM paranaense informou que manterá contato com a polícia paulista para reforçar a segurança no entorno do estádio e durante o deslocamento da torcida visitante.

A PM também defendeu que o Londrina Esporte Clube e o Ministério Público adotem medidas formais contra a torcida envolvida, com base na Lei Geral do Esporte, que prevê punições e até a extinção de torcidas que promovam a violência.A PM segue apurando os boletins de ocorrência relacionados ao caso.