A Prefeitura de Londrina iniciou o processo para contratar uma consultoria especializada que vai redesenhar todo o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos do município. O objetivo é desenvolver um modelo mais eficiente e financeiramente sustentável para serviços como varrição, capina, poda de árvores, coleta de lixo comum, reciclável e orgânico, operação de ecopontos e destinação final dos resíduos.

Atualmente, essas atividades estão distribuídas em diferentes contratos, com resultados considerados pouco integrados pela administração. De acordo com o prefeito Tiago Amaral, a cidade precisa de uma reformulação urgente na gestão de lixo.

O prefeito anunciou que uma indústria de gás biometano será instalada na cidade para abastecer o transporte coletivo e a frota de veículos do município, com lixo gerado. Amaral ainda garantiu que já existem conversas com cidades da região, principalmente com Cambé,  para unificar o sistema de aterro sanitário.

Segundo o Conselho Gestor de Parcerias (CGP),Londrina enfrenta aumento no volume de resíduos e ainda não possui um plano unificado para reduzir a geração de lixo e ampliar a reciclagem. Para enfrentar esse desafio, a Prefeitura pretende contratar a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) para elaborar um estudo técnico que modernize todo o sistema de limpeza urbana. A consultoria, estimada em R$ 1 milhão, será realizada em até 12 meses e incluirá diagnóstico do modelo atual, análise técnica e financeira e definição da forma de contratação.

O novo modelo poderá ampliar a coleta seletiva, fortalecer cooperativas de reciclagem, reduzir o envio de resíduos ao aterro e adotar frota moderna com monitoramento digital. O estudo, no entanto, não implica privatização automática: servirá para indicar a alternativa mais vantajosa e sustentável para o município, garantindo que futuras decisões sejam baseadas em dados técnicos e eficiência ambiental.