QUINTA, 25/11/2021, 14:08

PRF promete aumentar em até 100% efetivo nas estradas após fim dos contratos de pedágio no Paraná

PM vai ceder guinchos e Corpo de Bombeiros as ambulâncias para o atendimento em locais de acidentes. Deputado londrinense está preocupado com a qualidade do serviço prestado.

Os órgãos de segurança de todo o estado se reuniram nesta quarta-feira (24) para discutir a formação de uma força-tarefa que, a partir do próximo sábado (27), com o fim das concessões de pedágio, vai passar a atender os motoristas nas estradas paranaenses. Atualmente, todos os serviços são oferecidos pelas concessionárias que administram as rodovias. Assim que os contratos chegarem ao fim, o Governo do Estado vai precisar custear a manutenção dos 2,5 mil quilômetros de estradas estaduais e federais que compõem o chamado Anel de Integração.

Durante a reunião, a Secretaria Estadual de Segurança Pública definiu as atribuições de cada um dos órgãos competentes, que terão um reforço expressivo nos respectivos efetivos. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), por exemplo, pretende aumentar em até 100% o número de equipes nas rodovias. As informações são do chefe de Operações da PRF no Paraná, Elton Scremin.

Também ficou definido o plano para o atendimento em locais de acidentes de trânsito. O Corpo de Bombeiros vai atuar por meio das ambulâncias do Siate em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, que vai ceder as viaturas do Samu para suporte junto às ocorrências mais graves. Um trabalho que já é realizado em boa parte das rodovias pedagiadas, e que, agora, com o fim das concessões, vai precisar ser reforçado. A Polícia Militar (PM), por sua vez, vai ficar responsável por fornecer os guinchos que irão fazer a remoção dos veículos acidentados para a desobstrução das pistas. A corporação vai atuar até a conclusão de uma licitação, por parte do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que prevê a contratação dos serviços de guincho leve e pesado pelo período de um ano. O comandante-geral da PM no Paraná, coronel Hudson Teixeira, lembrou, entretanto, que o transporte dos veículos acidentados precisa ser custeado pelos próprios motoristas envolvidos. A situação é a mesma em caso de problemas mecânicos.

Já em caso de acidentes leves, caberá ao próprio motorista envolvido fazer a retirada do veículo da pista e a devida sinalização. A PRF, inclusive, lançou uma campanha nas redes sociais com orientações sobre como o condutor deve proceder nesses casos.

Em entrevista à CBN nesta quinta-feira (25), o deputado londrinense Tercílio Turini, que acompanha de perto a situação do pedágio, demonstrou preocupação com a qualidade do serviço a ser prestado. Ele garantiu que vai ficar vigilante, e que vai cobrar providências do governo se houver o registro de prejuízos para os motoristas.

Ele também criticou o fato de o Governo Federal ter demorado para iniciar a discussão em relação aos novos contratos, que, de acordo com o deputado, devem sair só daqui a um ano.

Por Guilherme Batista

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