A segurança pública teve grande espaço nos noticiários da CBN Londrina em 2023. Homicídios, desaparecimentos, afogamentos e prisões, além da troca de comando da Polícia Militar na cidade.

O assunto que causou mais comoção e teve repercussão em todo o país, foi o ataque a uma escola estadual de Cambé, na região de Londrina no dia 19 de junho. Um ex-aluno entrou no local com o pretexto de buscar o histórico escolar e baleou dois estudantes que estavam no pátio.

Este ataque resultou na morte do casal de namorados Luan Augusto da Silva de 16 anos e Karoline Verri Alves de 17 anos. Após esse incidente, as escolas de várias cidades paranaenses receberam reforço na segurança, inclusive com a presença de guardas armados.   

Poucos dias antes, Londrina já estava consternada com o desaparecimento do menino Thiago Vinícius Rocha, de 2 anos, durante um passeio com a mãe e o padrasto no Parque Daisaku Ikeda, na zona sul.

O corpo de Thiago Vinicius foi encontrado seis dias depois do desaparecimento, no Ribeirão Três Bocas. A mãe e o padrasto foram indiciados por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. De acordo com a polícia, a mãe da criança foi negligente e o padrasto, imprudente por não ter notado que o menino não estava no banco traseiro do carro.

Outro crime que chocou Londrina foi registrado no dia 3 de setembro, no jardim Jamaica, na zona oeste da cidade.  Um jovem de 23 anos invadiu a casa onde as duas estudantes da UEL moravam na tentativa de matar uma delas, que não queria se relacionar com ele e o bloqueou das redes sociais. Revoltado, ele matou o melhor amigo da vítima, com quem ela estava começando a se relacionar. Daniel Suzuki de 22 anos e a outra moradora da casa, Júlia Beatriz Garbossi de 23 foram mortos a facadas.

Aaron Dantas responderá por duplo homicídio e tentativa de feminicídio com diversas qualificadoras.

No início deste ano, um policial militar foi preso suspeito de abusar sexualmente de moradoras de rua em Londrina. Os crimes teriam sido praticados em um mocó na rua Belém, na área central da cidade, entre os dias 30 de dezembro do ano passado e 15 de janeiro.

O PM segue detido no presídio militar de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba.

O Gaeco denunciou quatro PMs investigados na Operação Rebote. Eles são acusados de roubo, tráfico de drogas e associação para o tráfico, entre outros crimes. As investigações começaram em janeiro, depois que um PM foi preso, em flagrante, quando recebia uma arma de fogo e dinheiro de traficantes. O Gaeco apurou ainda que o policial militar se uniu a um particular para explorar um ponto de venda de drogas.

A operação Mar Vermelho investigou uma organização criminosa com possível envolvimento de pelo menos 7 policiais militares em latrocínios. As apurações revelaram um crime de latrocínio, em que a vítima – um homem que atuava como agiota – teria sido morto em um confronto forjado com uma equipe da Rotam - Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana de Ibiporã. As investigações apontaram ainda que o objetivo dos policiais era se apropriar de R$ 30 mil que estavam com a vítima.

A Polícia Militar teve mudança de comando em 2023. O tenente-coronel Marcos Tordoro assumiu o 5º Batalhão da PM, em Londrina, no lugar do tenente-coronel Nelson Villa, que foi transferido para a região de Curitiba. Tordoro deixou o comando do 30º BPM, que foi assumido pelo major Élio Boeing. Tordoro adotou o “Policiamento de Proximidade” que tem como objetivo diminuir os índices criminais e aumentar a sensação de segurança da população.

Ainda aqui na região, o promotor de justiça de Ibiporã, Bruno Vagaes, foi acusado de descumprir 101 vezes as medidas protetivas concedidas à ex-esposa dele. Fernanda Barbieri teve que se mudar de cidade e adotou o home office porque não se sente segura para sair de casa.

A defesa do promotor Bruno Vagaes rebateu as acusações e garantiu que há mais de 3 anos, Bruno não teve qualquer contato com Fernanda, seja de forma presencial ou digital.

A Polícia Federal realizou diversas ações de combate à pornografia infantil e pedofilia na região. Só em 2023 foram mais de 15 operações. Em setembro, o alvo foi um pastor de 48 anos que foi preso em flagrante por armazenamento e compartilhamento de imagens e vídeos com abuso sexual infantil.

O suspeito não tinha antecedentes criminais, é casado e tem dois filhos. A fiança foi fixada em R$ 5 mil.

A  Operação Engenho do Gaeco prendeu um traficante de Londrina que comandava crimes de dentro de um condomínio de luxo em Cambé. Foram cumpridos 17 mandados de prisão e mais de 90 de busca e apreensão em foram cumpridos em seis municípios do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. Carlos Alberto Rodrigues Junior, de codinome Zoio, é acusado de um esquema que incluía agiotagem, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro com movimentação de R$600 mil por semana, cerca de R$ 2,4 milhões por mês. 

12 imóveis de luxo foram bloqueados pela justiça, incluindo um apartamento no Balneário de Itapema, no litoral catarinense, avaliado em R$ 2 milhões.

Fortes ventos viraram um barco no rio Tibagi em Primeiro de Maio no dia 03 de novembro. Cinco homens da mesma família estavam na embarcação. Três foram resgatados sem ferimentos logo depois e outros dois ficaram desaparecidos.

No dia do acidente, os ventos chegaram perto dos 100km/h. Os corpos de Cleiton Pessotto, de 36 anos e do sogro dele, o ex-vereador de Sabáudia, Manoel Carlos Filho, de 63 anos, que pilotava a embarcação foram encontrados 4 e 6 dias após o naufrágio.

E a morte de um empresário encontrado carbonizado dentro do próprio carro no fim de outubro chocou a cidade. Adriano Aparecido Allio, de 58 anos era síndico de vários condomínios na Gleba Palhano. Ele foi esquartejado, colocado numa mala e depois teve o corpo queimado.

A principal suspeita de participar do assassinato do empresário teve um relacionamento amoroso com a vítima no passado.  A motivação do crime seria financeira. Outro suspeito do crime, é o atual namorado dela, que continua foragido.

Com a colaboração de Claudia Lima, Diego Silvestre, Guilherme Batista, Guilherme Marconi, Marcos Garrido, e dos estagiários Guilherme Prado e Pedro Soares