QUARTA, 07/07/2021, 16:53

Secretaria Estadual de Saúde autoriza retomada das cirurgias eletivas no Paraná a partir da próxima segunda-feira

Somente na região de Londrina, quase 1.500 pessoas aguardam pelos procedimentos, que tinham sido suspensos no início do ano por conta da pandemia de coronavírus.

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) anunciou nesta quarta-feira (7) que pretende liberar a realização das chamadas cirurgias eletivas, nos sistemas público e privado, em toda a rede hospitalar do Paraná, a partir da próxima segunda, dia 12 de julho. Segundo a Sesa, a liberação foi possível graças à redução na taxa de ocupação dos leitos exclusivos para pacientes com coronavírus. Na última segunda-feira (5), pela primeira vez em quatro meses, o índice ficou abaixo dos 90%. Na terça, caiu para 87% e, nesta quarta, para 86%. 

De acordo com a orientação da Secretaria da Saúde, as unidades que possuem capacidade de recursos humanos, com equipes profissionais disponíveis, insumos (incluindo medicamentos) e condições de realizar os procedimentos poderão retomar a realização das cirurgias até nova orientação. As ações também devem respeitar as regras sanitárias de uma resolução que deve ser publicada em breve pela Sesa. Em Londrina e região, os procedimentos são definidos pelo Cismepar e realizados no Hospital da Zona Norte, que, atualmente, também é referência no atendimento de infectados pela Covid-19. A CBN apurou que a rede hospitalar da cidade ainda está estudando meios para autorizar a retomada dos procedimentos eletivos sem que essa liberação interfira no tratamento dos que ficaram doentes por conta da pandemia. Em maio, a Prefeitura de Cambé chegou a solicitar o retorno das cirurgias, mas o pedido foi negado. Na época, 1.492 moradores de toda a região aguardavam pela realização dos procedimentos.

A decisão da Sesa foi pactuada com as federações que representam os hospitais de todo o estado. O presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná (Femipa), Flaviano Feu Ventorim, disse que a medida vai ajudar a resolver o problema de pacientes que, sem as cirurgias, poderiam ter os quadros de saúde agravados.

Para Rangel da Silva, presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (Fehospar), além do atendimento, a produção dos hospitais também precisa ser retomada. 

Por Guilherme Batista

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