SEGUNDA, 04/07/2016, 06:00

Servidores públicos do Paraná marcam assembleias para decidir sobre greve geral

Categorias já se posicionam contra a proposta do governo do estado de deixar de pagar a reposição inflacionária.

O Fórum das Entidades Sindicais, que reúne 20 sindicatos do Paraná, já começou a marcar assembleias para avaliar a proposta do governo Beto Richa que quer acabar com o pagamento de perdas inflacionárias para os funcionários públicos do estado. A diretora do SindSaúde, Elaine Rodella, chamou a medida de “descabida” e “ilegal”, e afirmou que não há outra opção além da greve.

A entidade aponta ainda que 2.100 servidores estaduais da Saúde estão com pagamentos de progressão ou promoção salarial atrasados. Além disso, conforme a sindicalista, unidades de saúde do estado em Londrina, como os hospitais da Zona Norte e da Zona Sul, enfrentam um problema crônico de falta de funcionários.

Para Elaine Rodella, o discurso do Executivo estadual, que faz propaganda positiva da gestão fiscal do Paraná, é diferente da realidade.

A assembléia do SindSaúde está marcada para sábado, em Ponta Grossa. Em Londrina, os sindicatos dos professores e dos técnicos administrativos da UEL realizam assembleias nesta terça-feira. Durante visita a cidade na última sexta-feira, o governador Beto Richa foi recebido com protesto de professores da rede estadual contra a proposta de acabar com a reposição inflacionária. Na ocasião, Richa alegou que seu governo “não tem maquininha para fabricar dinheiro”. Segundo ele, a crise econômica tem afetado a arrecadação de impostos pelo estado e, por isso, um novo ajuste fiscal deve ser feito.

Comentários