Três vereadores de Apucarana deixam os cargos após investigação de fraude à cota de gênero
A Justiça Eleitoral determinou o reprocessamento da totalização das eleições proporcionais do município
A fraude à cota de gênero alterou a composição da Câmara de Vereadores de Apucarana, no norte do Paraná. Três vereadores tiveram os mandatos cassados após decisão da Justiça Eleitoral que determinou o reprocessamento da totalização das eleições proporcionais do município.
A Justiça Eleitoral determinou a exclusão dos votos do Democracia Cristã (DC), da Federação PSOL/REDE e Podemos. A decisão está baseada em três ações de investigação que resultaram na anulação definitiva das candidaturas das legendas.
Com a recontagem dos votos, os vereadores Adan Lenharo (DC) e Luciano Facchiano (Agir) deixarão seus cargos, dando lugar a Pablo da Segurança e Lucas Leugi, com posse marcada para os dias 3 e 4 de outubro.
O médico Odarlone Orente (PT) assumiu uma cadeira no legislativo em 30 de junho deste ano e assumiu a vaga do vereador Luiz Vilas Boas (PDT).
Quem determinou a retotalização dos votos válidos e o recálculo dos quocientes eleitoral e partidário foi o Juiz Rogério Tragibo de Campos
O reprocessamento oficial dos dois vereadores que vão assumir as vagas ocorrerá em 26 de setembro no Fórum Eleitoral de Apucarana. O presidente da Câmara, Danylo Acioli, ressaltou a importância da participação das mulheres na política.
A fraude à cota de gênero é cometida quando um partido se utiliza de candidaturas fictícias para atingir a cota mínima legal de gênero, que é de 30% nas candidaturas proporcionais, e conseguir ter aprovado o Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (Drap), o que permite à agremiação concorrer às eleições. Para o Juiz, falta incentivo às candidaturas femininas e ele disse que a Justiça Eleitoral está atenta e combatendo esse tipo de ação fraudulenta.
A Câmara de Apucarana conta com 11 vereadores, sendo que uma única mulher foi eleita e assumiu o cargo.