Como medida de prevenção à gripe aviária, o Governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, suspendeu a presença de espécies de aves em eventos agropecuários, feiras e exposições em todo estado do Paraná.  Como a portaria assinada pelo presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins é válida por 90 dias, a Expo Londrina agendada para o início de abril também não poderá expor nenhum tipo de espécie de ave. 

Segundo o diretor de pecuária da Sociedade Rural do Paraná, Luigi Carrer, a medida terá o impacto principalmente na exposição de aves exóticas e ornamentais que são atrações de pavilhões nos dias de feira, principalmente para crianças que visitam o Parque Ney Braga. 

No ano passado, por exemplo, estavam expostos animais como Faisão, Pavão e aves pequenas, como calopsitas, papagaios e periquitos. O diretor alega que o controle sanitário não tem impacto comercial no caso de aves de corte como frango e peru. 

Além da suspensão das feiras, a Adapar tem atuado de forma preventiva e na conscientização do produtor rural de que é preciso tomar todos os cuidados para evitar a introdução do vírus nas granjas.  Os técnicos da iniciativa privada e do Estado têm alertado os produtores para que mantenham as portas dos aviários totalmente fechadas, que supervisionem continuamente as telas de proteção e que restrinjam as entradas nas granjas somente às pessoas necessárias ao manejo das aves, e com todos os cuidados sanitários adequados.

O Paraná, como todo o Brasil, não registrou nenhum caso de gripe aviária até agora. No entanto, é preciso estar em constante alerta porque já houve detecção em alguns países da América do Sul, sobretudo em aves silvestres. O Camboja, na Ásia, registrou dois casos de infecção em humanos pelo vírus da gripe aviária, influenza A (H5N1). A notificação foi feita à Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 23 de fevereiro e uma investigação de surto está em andamento.