A Reunião da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Transportes Terrestres foi realizada na tarde desta quinta-feira, em Brasília, com transmissão pelo canal da ANTT no Youtube. Entre as pautas do encontro, a aprovação do Relatório Final do Programa de Concessão de Rodovias Federais aqui do Paraná, que teve Audiências Públicas, com milhares de sugestões recebidas da população e que, segundo a Agência, foram incorporadas, na medida do possível, às minutas do Edital e do Contrato.

O Relatório Final foi aprovado pelo colegiado da ANTT por unanimidade. O relator do processo e diretor da Agência, Davi Barreto, destacou durante a reunião a quantidade de contribuições enviadas pela população nas audiências públicas e disse também que todas elas foram analisadas pelo órgão.

O gerente de Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Paraná, João Arthur Mohr, que vem acompanhando o processo de perto desde o início, afirma que a aprovação do relatório representa o fim de uma etapa fundamental do programa de concessões, que só deve ter a licitação publicada no meio do ano que vem.

O gerente de Assuntos Estratégicos da Fiep diz ainda que as obras previstas no novo programa de concessão devem transformar, radicalmente, as rodovias aqui da região e de todo o estado.

O novo modelo de concessão das rodovias federais foi apresentado em maio e prevê contratos de 30 anos para os seis lotes. Ganha a disputa quem oferecer a menor tarifa e o maior aporte financeiro, para garantir a execução das obras. Sobre os pedágios, João Arthur Mohr, afirma que o novo programa de concessões prevê reduções nas tarifas, em alguns casos, de mais de 50%.

João Arthur Mohr afirma ainda que o novo modelo de contrato é mais moderno e traz mecanismos para garantir as obras, como uma espécie de “depósito caução” e aportes financeiros depositados em contas específicas.  

O leilão das rodovias paranaenses será na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. A nova concessão também prevê 15 novas praças de pedágio, além das 27 atuais. Dos 3,3 mil quilômetros de rodovias, 65% são federais e o restante estaduais.