Apesar de ter mais de quatro mil produtores orgânicos cadastrados junto ao Ministério da Agricultura, o Paraná conta com apenas três profissionais para fiscalizar a qualidade e a procedência dos produtos vendidos em todo o estado. De acordo com a Delegacia Sindical dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários, um efetivo pequeno para atender a toda a demanda.

Sem concurso público há oito anos e com muitos profissionais se aposentando, os quadros do órgão foram minguando até chegar ao cenário atual. Para garantir a qualidade dos produtos orgânicos vendidos no estado, o Ministério recorre a algumas empresas certificadoras, que visitam os estabelecimentos, coletam amostras para análise e verificam também a rotulagem dos alimentos.

O chefe da divisão do Ministério da Agricultura em Curitiba, Cezar Pian, diz que cinco empresas credenciadas pela pasta fazem essa fiscalização no Paraná, e apenas duas ficam aqui no estado. Apesar disso, Cézar Pian afirma que, para o andamento normal da fiscalização e da auditoria, é urgente a realização de um concurso público.

Segundo o auditor agropecuário, outro ponto importante na fiscalização dos orgânicos é a rastreabilidade, que garante ao consumidor a procedência do produto.

O chefe da divisão do MAPA no Paraná, diz ainda que, no ano passado, foram feitas 40 ações de fiscalização e coletadas para análise 20 amostras de produtos, que não estavam de acordo com a legislação de orgânicos e os produtores acabaram multados.