O trágico acidente que terminou na morte de uma mulher de 32 anos e da filha dela, de apenas 6 anos de idade, em Rolândia, na noite do último sábado (28), voltou a colocar em cheque a insegurança trazida à população pela linha férrea que corta a cidade. As duas vítimas estavam em um carro que, possivelmente, por conta de um problema mecânico, parou em cima dos trilhos no momento em que o trem vinha pelo caminho. A mãe, que conduzia o veículo, conseguiu sair a tempo, assim como outros dois ocupantes. A mulher, no entanto, resolveu voltar para tentar salvar a filha, que estava presa à cadeirinha no banco traseiro. Infelizmente, não deu tempo. O trem atingiu em cheio o carro, e as duas morreram na hora.

Depois do acidente, muitos moradores de Rolândia usaram as redes sociais para reclamar da sinalização localizada no entorno da linha férrea, que corta a cidade em sete trechos. Em um deles, o cruzamento é feito por uma trincheira. Nos demais, a sinalização existe por meio de placas e pinturas no asfalto, que estão apagadas. Em nenhum dos trechos há cancelas para impedir o vai e vem dos veículos para a passagem do trem.

Em entrevista à CBN nesta terça-feira (30), o secretário de Planejamento de Rolândia, José Carlos Salgueiro, admitiu os transtornos, mas lembrou que as melhorias dependem de um projeto federal, uma vez que a administração das ferrovias, segundo ele, é feita pelo DNIT, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. O secretário garantiu que a prefeitura já entrou em contato com o órgão pedindo pela implantação das cancelas, mas adiantou que, até o momento, nenhuma resposta foi dada.

Outra solução para o problema, segundo Salgueiro, passaria pela construção de trincheiras em todos os cruzamentos com a linha férrea. Ele destacou, entretanto, que o município desistiu da ideia depois da implantação da primeira delas, também alvo de reclamações por parte dos moradores.

Nós também entramos em contato com o DNIT por e-mail, mas não recebemos retorno até o momento.