SEGUNDA, 30/10/2023, 14:00

Após retomada da greve, professores decidem manter o Paraná Mais Ciência

Categoria usará o holofote sobre evento para pressionar o governo Ratinho Jr. e organizar a militância para pleitear as reivindicações

O primeiro dia de retomada da greve na UEL (Universidade Estadual de Londrina) nesta segunda-feira (30) foi marcado por discursos de professores insatisfeitos com a postura do governo, que não apresentou o projeto de Plano de Cargos e Salários.

A UEL foi a primeira universidade a retomar a greve no Paraná e deverá mantê-la por tempo indeterminado e esperar a decisão das demais universidades, que podem seguir pelo mesmo caminho.

Durante a assembleia geral, alguns docentes fizeram um contraponto pedindo a suspensão da greve até a definição da UEM, UEPG e Unioeste, mas a suspensão não estava em pauta.

O professor Kennedy Pial, do departamento de Artes da UEL diz que não há como recuar da greve neste momento já que o governo, segundo ele, desrespeitou a categoria ao não cumprir com o acordo de enviar à Assembleia Legislativa o projeto de lei com o novo PCCS.

Os professores decidiram manter o Paraná Mais Ciência na semana do dia 6 a 11 de novembro e usará o holofote do evento para pressionar o governo Ratinho Jr. e organizar a militância para pleitear as reivindicações. Até o dia 13 de novembro outros eventos pré-agendados devem ser mantidos, mas as aulas de graduação e pós-graduação seguem suspensas por tempo indeterminado.

                Calouro do curso de história, Pedro Henrique dos Reis acredita que uma greve isolada agora não irá surtir o efeito de pressionar o governo do Estado, além de  provocar mais prejuízos irreparáveis no calendário de alunos da UEL.

A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) informou em nota que “acompanha o trâmite da proposta de reformulação das carreiras de professores das universidades estaduais e entende que a greve é precipitada e pode prejudicar o diálogo”.

Por Guilherme Marconi

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