A Comissão que Defende os Direitos da Criança, Adolescente, Idoso e da Pessoa com Deficiência - Criai, da Assembleia Legislativa do Paraná – Alep vai acionar o Ministério Público para que investigue o caso da idosa de 84 anos e da filha que sofreram maus tratos em uma agência bancária no Calçadão de Londrina, na última quarta-feira.

Dona Lázara Maria de Souza, de 84 anos, foi levada pela filha a agência bancária do Calçadão de Londrina para fazer prova de vida. Como estava chovendo, a filha pediu ao gerente que fosse até o estacionamento tirar a prova de vida, mas o gerente se recusou. Na tentativa de levar a idosa até a agência, a cadeira de rodas tombou na rampa de acesso ao banco.

De acordo com Joelma Carvalho, filha da idosa, a mãe sofre de Alzheimer e era praticamente impossível chegar até a agência, apesar de toda a situação ser revelada ao gerente a prova de vida só foi tirada dentro da ambulância com a mãe dela toda ensanguentada. A idosa permanece hospitalizada e deve passar por uma cirurgia.

De acordo com o Deputado Estadual, Cobra Repórter, a denuncia dos maus tratos sofridos pela idosa foi feita no canal da Alep, que inicialmente enviou uma carta ao presidente do Banco, exigindo explicações. Agora a medida será acionar o MP.

O INSS alterou as regras para a prova de vida e renovação das senhas dos beneficiários em março deste ano. A partir de agora, a pessoa que recebe o benefício pode realizar a prova de vida e a renovação de senha por meio do atendimento eletrônico com uso de biometria ou identificação por funcionário da instituição financeira. Para realizar a prova de vida, o beneficiário deve ir até a agência do banco em que recebe o depósito do INSS e apresentar um documento de identificação com foto. Depois disso, a instituição é obrigada a transmitir os registros ao INSS, utilizando o Protocolo de Pagamento de Benefícios em Meio Magnético.

A assessoria do Banco Itaú encaminhou nota:

“A prova de vida e a renovação da senha bancária são determinações do INSS. É importante ressaltar que, caso o beneficiário esteja impossibilitado de ir à unidade bancária, um representante legal ou procurador cadastrado no INSS pode representá-lo. Para a realização da prova de vida, é necessário o registro de senha, procedimento que deve ser feito dentro da agência. No caso em questão, o Itaú orientou a família sobre as alternativas para que não fosse necessário levar a cliente à unidade. Com a recusa, foi disponibilizada uma cadeira de rodas para facilitar o trajeto entre o veículo e a agência. Ao ser informado sobre o acidente em via pública, o banco acionou o resgate para a prestação de atendimento médico.”