QUARTA, 30/07/2025, 11:29

Barracões do antigo IBC guardam ônibus escolares há dez anos em Londrina

Tribunal de Contas já foi consultado para a realização de estudos com o objetivo de se realizar uma destinação correta dos ônibus

Faz dez anos que os barracões do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC), na zona oeste de Londrina, usados pela prefeitura para armazenar os mais diversos tipos de material, guardam cinco ônibus escolares que, na teoria, serviriam para transportar alunos da rede municipal de ensino.

Os veículos possuem espaço reservado para cadeira de rodas e, em 2015, foram enviados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o transporte de crianças com deficiência. Cada ônibus custou R$ 150 mil aos cofres públicos. Ou seja, o investimento total, na época, foi de R$ 750 mil. O problema é que os veículos nunca foram utilizados.

De acordo com Guilherme Arruda, Controlador-Geral do Município, o Tribunal de Contas já foi consultado para a realização de estudos com o objetivo de se realizar uma destinação correta dos ônibus.

Os veículos foram recebidos em 2015 pela prefeitura, no entanto, segundo o município, como cada aluno com deficiência morava em uma localidade diferente, a utilização dos veículos para o transporte na época geraria rotas extensas. Dez anos depois, a prefeitura deve aguardar o retorno dos órgãos de controle para seguir os protocolos necessários antes de qualquer definição
Na época em que os veículos chegaram, o impasse com a distância entre os estudantes que seriam atendidos fez o poder público optar por não usar os ônibus. A prefeitura informou ainda que tentou fazer a instalação de mais bancos nos veículos, mas que a alteração dependeria de uma série de burocracias, incluindo a validação do fabricante, que nunca saiu. Já em 2025, existem diversos órgãos que podem ser beneficiados com a destinação dos ônibus.

Como os veículos foram adquiridos com recursos do Governo Federal, após serem encaminhados para uma destinação correta, a prefeitura, por meio da corregedoria, deverá apurar como foi realizado o processo de aquisição dos ônibus e posteriormente responsabilizar os envolvidos.

Por João Gabriel Rodrigues

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